1. (13/01/1990)
Depois de uma longa viagem, Henrique de Souselas regressa a Alvapenha, quinta perdida nos confins do Alto Minho, onde mora a sua devota tia Doroteia (que ele não vê desde os cinco anos), na companhia da fiel criada Maria de Jesus. Na sua primeira visita ao Mosteiro, Henrique conhece Madalena, a Morgadinha, por quem sente imediata simpatia, assim como Augusto, o mestre-escola, da casa de quem desaparece uma carta do Conselheiro Manuel Bernardo, pai da Morgadinha. A carta foi desviada por Bento Pertunhas. Entretanto, e por sugestão de Vitória, irmã do Conselheiro, é organizado um passeio à ermida da Senhora da Saúde, durante o qual Augusto salva o tio Vicente de morrer afogado no riacho.
2. (20/01/1990)
O Conselheiro e Ângelo, seu filho mais novo, chegam à aldeia três dias antes do Natal. As eleições estão à porta e, na venda do Damião Canada, encontram-se duas figuras de grande peso eleitoral: o Morgado Joãozinho das Perdizes e Eugénio Seabra, o “brasileiro”, além de muito povo. Discute-se a construção da estrada e do novo cemitério. O Conselheiro passa na venda, antes de ir para o Mosteiro. Mal sabem da chegada do Conselheiro, Henrique e D. Doroteia dirigem-se ao Mosteiro acompanhados de Tapadas, adjunto político do Conselheiro. De manhã cedo, Ângelo vai visitar Ermelinda, a quem promete obter versos melhores do que os do Auto dos Reis, que ela vai decorar. No dia de Natal, toda a família se reúne no Mosteiro, mas uma conversa sobre a demolição da casa do tio Vicente vem perturbar o espírito natalício. Madalena vai visitar o tio Vicente, de noite, e, ao voltar, encontra Henrique à sua espera.
3. (27/01/1990)
Na manhã do dia de Natal, Henrique repara finalmente em Cristina. Enquanto todos vão à missa, o Conselheiro dirige-se a casa de Vicente para o acalmar. É decidida a demolição da casa do ervanário e anunciado o começo das obras da estrada, que será construída, em troca de um despacho a nomear mestre-escola oficial um protegido de Joãozinho das Perdizes. Ermelinda é entusiasticamente aplaudida ao recitar os versos no Auto dos Reis. Durante a ausência do pai, Ermelinda deixa-se impressionar pela beata D. Catarina e pelos sermões do missionário, que a apavoram. Quando Cancela volta à aldeia e a encontra muito mudada, agride o missionário e é preso. Chegam os construtores da estrada. A casa de Vicente é demolida e o ervanário vai viver para casa de Augusto. O Conselheiro faltou à palavra dada ao velho Vicente. O brasileiro Seabra tenta obter informações sobre o Conselheiro através de Augusto, mas este expulsa-o da sua casa, para satisfação do seu velho amigo Vicente.
4. (03/02/1990)
Madalena e Henrique conversam, quando chega de Lisboa uma carta do Conselheiro, em que este diz ter sido traído por alguém da casa. A suspeita cai, acidentalmente, sobre Augusto, que é despedido e proibido de voltar a lecionar as crianças do Mosteiro. Augusto visita Henrique em Alvapenha, para explicar a sua situação, e os dois tornam-se amigos. Cancela é solto por influência do Conselheiro. Henrique visita a venda do Canada. Identificado com a “gente do Mosteiro”, é atacado a varapau por Cosme, chefe do grupo do Morgado das Perdizes, e cai do cavalo, inanimado. Ermelinda morre, mas um movimento liderado pelo Joãozinho das Perdizes opõe-se a que ela seja sepultada no cemitério, que foi mandado construir pelo Conselheiro. Cancela chega inesperadamente e impede que a filha seja enterrada na igreja, como querem os populares. Depois de tratado no Mosteiro, Henrique volta a Alvapenha. Apesar de ter ido com Madalena à Quinta dos Canaviais, Henrique acaba por pedir Cristina em casamento.
5. (10/02/1990)
D. Doroteia vai ao Mosteiro pedir a mão de Cristina para o seu sobrinho Henrique. O Conselheiro mal disfarça a desilusão. Dá-se início à campanha eleitoral e Henrique acompanha o Conselheiro e o Tapadas. O Conselheiro consegue ganhar as eleições com a ajuda do voto do tio Vicente. Depois de votar, o ervanário morre. Augusto decide deixar a aldeia e escreve a Ângelo, participando a sua decisão. Madalena toma conhecimento desta carta e acompanha Ângelo a casa de Augusto, com o pretexto de se despedir, e aproveita a oportunidade para o informar do casamento de Henrique com Cristina. Madalena oferece o seu afeto a Augusto e ele aceita. No Mosteiro esclarece-se o mistério da carta desaparecida e logo Henrique revela o afeto existente entre Madalena e Augusto. Ao ser nomeado Ministro do Reino, o Conselheiro aceita o casamento da filha com Augusto. A capela da Casa dos Canaviais é testemunha de duas uniões: a de Cristina com Henrique e a da Morgadinha com Augusto, o mestre-escola.