A ação de A Senhora Ministra remete para os últimos tempos da Monarquia em Portugal, altura em que os conflitos e tensões de vária ordem fazem crescer o clima de agitação no “reino”. Acompanhando a efervescência que acompanhava a constante queda de ministérios e ministros, também as “senhoras ministras”, ou seja, as mulheres dos ministeriáveis, promovem entre si guerras de bastidores e conspirações de vizinhas, (quase) tão maquiavélicas quanto as lutas do poder…
Madalena (Ana Zanatti) é casada com António (Mário Jacques), um promissor carreirista. Com a queda de um ministério, o chefe do partido a que António pertence passa a Governo e António tem um lugar assegurado como Ministro, o que faz de Madalena… Ministra.
Mas há mais mulheres interessadas em que os seus maridos passem a ministros. É o caso de Conceição (Fernanda Coimbra), que, com a ajuda da vizinha Isabel (Catarina Avelar), arma uma intriga contra os ministeriáveis: entrega a Madalena uma carta de António que a amante lhe escreveu, desencadeando uma crise conjugal e fazendo perigar a chegada de Madalena a Ministra.
Uma peça divertida e satírica acerca da mesquinhez da política portuguesa do século XIX, bem atual nos dias que correm.