Arca de Noé

Exibição:
1.ª temporada: 21/04/1990 – 07/07/1990 (RTP 2)
2.ª temporada: 22/09/1990 – 29/06/1991 (RTP 2)
3.ª temporada: 21/09/1991 – 27/06/1992 (RTP 2)
4.ª temporada: 19/09/1992 – 26/06/1993 (RTP 1)
5.ª temporada: 24/09/1994 – 23/09/1995 (RTP 1)

Número de sessões:
187

Apresentação:
Fialho Gouveia
Ana do Carmo
Carlos Alberto Moniz

Arca de Noé gira à volta do mundo dos animais.

Fialho Gouveia e Ana do Carmo, apresentadores de Arca de Noé entre 1990 e 1993

O principal desafio do concurso baseia-se no visionamento de imagens de diversos animais, sobre as quais são colocadas questões. Geralmente, essas questões versam sobre o comportamento adotado pelos animais em determinadas situações.

Também são feitas perguntas sobre as várias espécies que compõem a fauna.

Um dos momentos altos do concurso é a presença de animais em estúdio, acompanhados por um convidado, que pode ser o dono, o tratador ou o responsável por alguma instituição de proteção aos animais.

É ainda interpretada uma canção alusiva a um animal, sob a direção musical de Carlos Alberto Moniz. A interpretação fica ao seu cargo ou ao de um artista convidado.

Carlos Alberto Moniz

O formato de Arca de Noé foi importado do Japão. Quando o concurso estreou em Portugal, existiam já adaptações em cerca de 70 países.

As três primeiras temporadas do concurso foram apresentadas por Fialho Gouveia e exibidas na RTP 2.

No modelo original e nos programas transmitidos noutros países, os quatro concorrentes eram figuras públicas. Contudo, a RTP optou por introduzir uma alteração e abrir o concurso à participação pública.

Assim, inicialmente, adotou-se um modelo misto, em que três concorrentes “normais” concorriam, em igualdade de circunstâncias, com uma figura conhecida da nossa praça. Contudo, se o convidado vencesse, doava o prémio a uma instituição de apoio aos animais.

Nicolau Breyner como concorrente da 1.ª sessão

Mesmo quando o vencedor era um concorrente anónimo, era hábito uma percentagem do prémio ser doada a uma instituição – na maioria das vezes, o Jardim Zoológico de Lisboa.

Um aspeto curioso era a forma como se fazia a pré-seleção dos concorrentes: a qualidade do português. Erros ortográficos não tinham qualquer perdão, como frisou Fialho Gouveia: “Como parte das perguntas são respondidas por escrito, seria muito desagradável termos concorrentes que dessem erros”.

Como já era previsível desde o início, pela temática do concurso, este fez sucesso sobretudo junto do público infantil. Assim, a determinada altura, o mesmo passou a ser disputado por três equipas compostas por uma criança e um adulto.

Em setembro de 1992, o concurso transferiu-se para a RTP 1 e a pasta da apresentação passou para Ana do Carmo.

Na primeira sessão, exibida em 21/04/1990, Fialho Gouveia apresentou a assistente do concurso, Maria Arlene, que ocuparia esse posto até 1993.

Arlene em 1990...
... e em 1992

Arlene tornou-se mais conhecida por ter sido a primeira esposa de José Castelo Branco e mãe do seu filho, Guilherme.

Foram várias as marcas que deram o seu apoio ao Arca de Noé. Numa fase inicial, era a Milupa o principal patrocinador, sendo o Vitinho a mascote e uma figura proeminente no concurso.

Posteriormente, os espaços publicitários foram preenchidos pela Mimosa e os Orelhudos tornaram-se as novas mascotes.

As gravações decorriam no Cinema Europa, sempre com a visita de várias escolas.

Foram lançados dois álbuns com as músicas cantadas no programa.

Finda a série apresentada por Ana do Carmo, o concurso ficou fora do ar durante um ano, retornando em setembro de 1994. Desta feita, Carlos Alberto Moniz passou de simples diretor musical a apresentador, assegurando esta tarefa durante um ano.

Foi concebido um novo cenário para o programa, recriando a Arca de Noé.

Decorrente desta sua participação no Arca de Noé, Carlos Alberto Moniz recebeu um diploma de mérito da Associação Protetora dos Animais.

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