Dedicado ao público infantil, Arco-Íris é um concurso em que se defrontam duas equipas compostas por três elementos (dois rapazes e uma rapariga, ou duas raparigas e um rapaz), com idades compreendidas entre os 7 e os 13 anos.

Para além do tradicional jogo de perguntas e respostas, o concurso é composto por provas como formação de provérbios, execução de trabalhos manuais, resolução de problemas, jogos de palavras e desafios desportivos.

Não menos importante é a prova de teatro, em que as duas equipas representam a mesma peça, com texto de Carlos Pinhão, sendo pontuadas por um júri.

Existe ainda um jogo final, diferente a cada semana, com um cenário montado a preceito.

Para além dos jogos e passatempos, o programa é preenchido com música, canções, dança, palhaços, ilusionistas e outras surpresas.

Exibido em duas temporadas, entre 1985 e 1987, Arco-Íris foi sofrendo algumas modificações a nível do formato e do próprio cenário, tendo assim sido dividido em várias séries.

Na segunda série, exibida entre 16/03/1986 e 27/07/1986, o concurso tomou um caráter itinerante, passando a ser gravado em várias cidades do país, com equipas de concorrentes locais.

Na temporada seguinte, cujas primeiras sessões foram gravadas no auditório do BESCL (Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa), foi repetida a mesma façanha, a partir da sessão de 18/01/1987.

Na última série de 12 programas, exibidos entre 19/04/1987 e 05/07/1987, outra importante novidade: também os pais das crianças entraram na dança, em equipas igualmente mistas (duas mães e um pai, ou dois pais e uma mãe).

Nesta série, a duração do programa foi encurtada para cerca de uma hora, já que a anterior hora e meia era demasiado exigente no tempo de gravação – cerca de cinco horas em estúdio, o que desmotivava público e intervenientes técnicos.

Arco-Íris foi bastante rico em termos de merchandising, existindo vários produtos lançados com a sua marca.

Exemplo disso foi o Hexágono Mágico, jogo que constituía uma das provas do programa e que, mais tarde, foi posto à venda em superfícies comerciais.

O jogo consistia em formar um hexágono através da junção de 7 hexágonos, em que o número inscrito em cada lado do hexágono tinha de coincidir com o do lado adjacente do hexágono que nele tocava.

Foi também lançado um disco com o tema do programa, disco esse que trazia um postal que permitia às crianças candidatar-se a cantar no coro do Arco-Íris.

O principal patrocinador do concurso foi a Dan Cake (“o gosto de que eu gosto”).

Arco-Íris contou com a intervenção de alguns atores. Júlio César foi colaborador habitual na primeira temporada. Mais tarde, foi a vez de Álvaro Faria e Irene Cruz, que a cada semana, alternadamente, interpretavam personagens que davam a conhecer factos sobre diferentes países.

Arco-Íris andou sempre a par com a atualidade musical, contando com a participação de grandes nomes da música portuguesa.

Durante o programa, foram entregues discos de certificação de vendas a diversos artistas, nomeadamente: Ministars, Avô Cantigas, Rui Veloso, Queijinhos Frescos e Rão Kyao.

Também grupos regionais de música tradicional tiveram a oportunidade de atuar no programa, especialmente quando este viajava pelas diversas localidades do país.

Arco-Íris ajudou a promover grupos musicais como os Ministars, os Onda Choc e os Queijinhos Frescos.

No dia 27/07/1986, encerramento da primeira temporada, o concurso teve uma edição especial com a duração de 2 horas, gravada no Cinema Europa, em moldes ligeiramente diferentes. Este programa contou com as presenças musicais de: Heróis do Mar, Lena D’Água, Dora e Banda do Arco-Íris.

Já a despedida do Arco-Íris, exibida em 05/07/1987, foi gravada na Feira Popular de Lisboa e teve atuações de: Onda Choc, Rão Kyao, Afonsinhos do Condado, José Barata Moura e Ministars.

Em 2009, em entrevista ao Há Conversa, na RTP Memória, Carlos Ribeiro contou que chegou a ser “pedido em casamento” por uma menina de 7/8 anos, tal era a sua empatia com o público infantil.