Chegar, Apostar e Vencer

Exibição:
17/11/1989 – 30/03/1990 (RTP 1)

Número de sessões:
20

Autoria:
Pedro Varanda de Castro

Apresentação:
Rui Mendes
Conceição Lino

Realização:
Carlos Coelho da Silva

Produção:
Telecine

Chegar, Apostar e Vencer tem como objetivo testar a criatividade e a capacidade de improvisação dos portugueses. Os concorrentes candidatam-se descrevendo as tarefas para as quais julgam possuir dons especiais. Estas tarefas podem passar por simples provas de memória, conhecimento, resistência física ou execução de habilidades.

Um concorrente perito em colocar discos com os pés

As “proezas” são testadas por um júri de seleção e os que passam neste exame não têm a vida facilitada durante a emissão. Aí, o timing das provas é imposto pelo concurso, e não deixado ao livre arbítrio dos concorrentes, que se vêem, assim, obrigados a tentar ultrapassar os seus próprios recordes.

Cada candidato está sozinho em cena, a lutar contra o tempo, contra o concurso e contra si próprio. Uma avaliação de forças que acabará por ser, nos casos bem sucedidos, devidamente recompensada com prémios pecuniários.

Pedro Varanda de Castro, autor deste concurso, ficou conhecido pelas suas intervenções no programa Às Dez, com a rubrica “Ideias e Negócios”, que mais tarde ganhou vida própria na RTP 2.

Pedro Varanda de Castro

Chegar, Apostar e Vencer foi exibido às sextas-feiras ao final da tarde, dia em que o Jogo de Cartas não ia para o ar.

A apresentação esteve a cargo de Rui Mendes e da então estreante Conceição Lino, que já trabalhava como locutora de rádio.

Rui Mendes
Conceição Lino

Rui Mendes já tinha tido algumas experiências como apresentador de concursos, nomeadamente em Écran Mágico (1979) e também na primeira sessão de O Nosso Século (1988/1989), concurso que a cada semana tinha um apresentador diferente.

Uma das prestações mais marcantes foi, sem dúvida, a de Agostinho Moreira, que conseguia – imagine-se – cortar pregos com os dentes! O feito chegou mesmo a suscitar a desconfiança dos telespectadores quanto à sua autenticidade…

No último programa, foram recordados os melhores momentos e os apresentadores leram também propostas enviadas para o concurso, mas que não chegaram a ser selecionadas, algumas por motivos óbvios:

– “Eu e uma colega minha apostamos que conseguimos vestir um morto em oito minutos.”

– “Dou 30 arrotos em um minuto.”

– “Consigo dar gritos verdadeiramente ensurdecedores e estridentes e, como não possuo meios de medir os decibéis que os meus gritos conseguem atingir, penso que da vossa parte poderia surgir uma ideia para uma aposta.”

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