Exibição:
03/11/1985 – 14/09/1986 (RTP 1)
Número de programas:
24
Apresentação:
João Lagarto
Produção:
Luísa Maria Jacinto
Realização:
Fernando Lourenço
Exibição:
03/11/1985 – 14/09/1986 (RTP 1)
Número de programas:
24
Apresentação:
João Lagarto
Produção:
Luísa Maria Jacinto
Realização:
Fernando Lourenço
Apresentado pelo ator João Lagarto, Como? Quem? Porquê? visa consciencializar os cidadãos para o problema da marginalidade e da criminalidade, incentivando à sua cooperação na prevenção e no combate ao crime.
O programa está dividido em duas partes: a primeira é de (in)formação, alertando para os perigos que as pessoas correm, enquanto potenciais vítimas de crimes, e transmitindo-lhes regras básicas de prevenção.
Na segunda parte, são relatados (e por vezes reconstituídos) alguns crimes, cuja causa pode ou não encontrar-se desvendada.
As reconstituições servem, de certa forma, como apelo para que as eventuais testemunhas oculares destes crimes se apresentem e possam dar indícios da solução dos mesmos – como, quem e porquê…
A ideia de Como? Quem? Porquê? foi de Fernando Lourenço, operador de câmara da RTP, que conseguiu colocar em prática este projeto com uma equipa muito reduzida e uma extrema economia de meios.
O jornal Tal & Qual dedicou um artigo ao programa, onde desmentiu que este tivesse alguma espécie de “patrocínio” da Polícia Judiciária.
Quem deu a “cara” ao programa foi o ator João Lagarto, até então uma figura pouco presente no pequeno ecrã, o que também levou muita gente a pensar que se tratava de um agente da PJ com jeito para enfrentar a câmara…
Curiosamente, João Lagarto aparecera em 1985 no papel de polícia, na série Em Lisboa, Uma Vez, de Luís Filipe Costa.
Houve, no entanto, alguma colaboração da Polícia Judiciária a nível da disponibilização de elementos referentes aos diversos casos de crimes relatados no programa.
Já as regras de prevenção foram traduzidas de livros estrangeiros e adaptadas à realidade portuguesa. Foram transmitidas regras tão simples como o que fazer no caso de encontrar a casa assaltada ou a importância de identificar os objetos de valor para o caso de serem roubados.
Foram abordados os mais diversos tipos de crimes, tais como: assaltos a casas, assaltos à mão armada, carteiristas, furtos de viaturas, atropelamentos com fuga, atos de vandalismo, prostituição e “contos do vigário”.
Em março de 1986, o programa passou a ser exibido quinzenalmente, alternando o seu espaço ao domingo com outro programa de utilidade pública: o Dar e Receber, que esclarecia os contribuintes sobre questões fiscais, nomeadamente acerca do IVA, imposto surgido nesse ano.