Doutores & Engenheiros

Exibição:
25/09/1994 – 19/03/1995 (TVI)

Número de sessões:
26

Ideia original:
Henrique Oliveira
Rui Taborda
José Luís Leitão

Textos:
Frederico D. Carvalho

Apresentação:
Mila Ferreira
Nuno Graciano

Assistentes:
Anabela Monteiro
Maria João Guimarães

Voz off:
António Paulos

Produção:
Manuela Moura
Diana Roquette

Realização:
Henrique Oliveira
Rui Taborda

Produtora:
Miragem

Num cenário muito académico, que recria um castelo, Mila Ferreira e Nuno Graciano são os anfitriões deste concurso dedicado aos estudantes universitários e às associações académicas.

Mila Ferreira e Nuno Graciano

O concurso é disputado por duas equipas constituídas, cada uma, por cinquenta estudantes universitários, que ali defendem a sua faculdade ou instituto superior.

Os elementos de cada equipa são comandados pelo Dux, chefe máximo dos estudantes.

Mila Ferreira com um Dux

As provas em disputa baseiam-se nas velhas tradições das praxes universitárias e na vida académica, simbolizando os cinco anos gastos no ensino superior.

No início da sessão, os estudantes passam automaticamente para o segundo ano, sendo atribuídos 4 pontos a cada equipa.

Na primeira “época de exames”, desenrola-se o batismo do caloiro. Um veterano de cada uma das equipas, recorrendo unicamente a um copo, tem de encher um penico com água, até que ele fique suficientemente cheio, de forma a ser vertido sobre uma caloira que se encontra debaixo do mesmo. Ganha a equipa que demorar menos tempo a cumprir a prova.

A segunda prova é a arrumação da biblioteca, na qual dois arrumadores – amarrados um ao outro – e um bibliotecário têm de colocar livros de várias cores na respetiva torre do castelo.

Segue-se o touro mecânico, desafio que dispensa apresentações.

Entre cada prova, Nuno Graciano leva a cabo uma inquisição à equipa menos pontuada: coloca questões de cultura geral a quatro alunos, dando-lhes a possibilidade de “virar o bico ao prego”, uma vez que, por cada resposta certa, a equipa adversária perde um ponto.

Porém, se, pelo contrário, errarem a resposta a alguma questão, os oponentes podem vingar-se, praxando um ou mais caloiros.

Na última parte, o exame final determina quem se licencia primeiro. Os apresentadores vão interrogando concorrentes de ambas as equipas, ganhando um ponto quem responder primeiro e acertadamente.

A equipa que atingir primeiro os 20 valores tem acesso direto ao “canudo”, neste caso um prémio em dinheiro: um contributo de mil contos para a viagem de finalistas.

Doutores & Engenheiros foi exibido aos domingos à noite.

Henrique Oliveira, realizador e dono da produtora Miragem, afirmou que o programa não era visto apenas por estudantes e adolescentes, mas também por adultos, que tinham curiosidade de ver o que é que os universitários não sabiam.

Mila Ferreira, vinda de outro concurso da TVI (Queridos Inimigos), ficou radiante com os resultados do projeto: “Esta experiência superou todas as minhas expectativas. Sempre achei que este programa tinha pernas para andar, mas nunca pensei que pudesse chegar tão longe em tão pouco tempo. O formato é giro e tem funcionado muito bem”.

Também Nuno Graciano chamara a atenção depois de uma experiência em Queridos Inimigos, que lhe valeu o convite para, neste novo concurso, desempenhar o papel de professor moralista, capaz de transformar a vida dos estudantes num verdadeiro inferno.

Eram as próprias equipas concorrentes que preparavam as praxes praticadas no programa. Se estas não agradassem ao “mau da fita”, figura personificada pelo ‘Tio Careca’, o feitiço podia virar-se contra o feiticeiro: o próprio Nuno Graciano podia praxar a equipa que estivera a praxar os outros, e normalmente quem “pagava a fava” era o Dux.

Touradas, molhadelas imprevistas, ovos partidos na testa das vítimas, orelhas-de-burro, roupas sujas, humilhações públicas: a lista de “maldades” com que as equipas adversárias se presenteavam teve de tudo um pouco.

Doutores & Engenheiros