Era Uma Vez 83

Exibição:
31/12/1983

Textos:
Francisco Nicholson
Armando Cortez

Cenografia:
Conde Reis

Produção:
António Andrade
Olívia Varela

Realização:
Nuno Teixeira

Elenco:
António Feio
Armando Cortez
Cláudia Cadima
Delfina Cruz
Francisco
Francisco Nicholson
Glória de Matos
Henrique Viana
João de Carvalho
Mafalda Drummond
Manuela Carlos
Manuela Maria
Manuela Queiroz
Nuno Homem de Sá
Paula Cruz
Paula Nunes
Pedro Efe

Trio das Três:
Verónica
Sara Machado
Noémia Costa

No sofisticado Hotel Lumiar, ultimam-se os preparativos para receber os convidados que ali passarão a derradeira noite de 1983.

A casa está quase cheia e, a pouco e pouco, os hóspedes vão-se instalando. Entre eles, o casal Vidal (Armando Cortez e Glória de Matos), acompanhados pela afilhada Paulinha (Paula Cruz).

Também presentes estão Silvestre (António Feio), o sócio de Vidal, e a sua mulher São Silvestre (Delfina Cruz).

Se este encontro agrada pouco à Sra. Vidal, já o seu cônjuge não disfarça o entusiasmo com a presença da mulher do sócio, com quem se engraça.

Sucedem-se, entretanto, outras peripécias:

– Do lado de fora, um mendigo (Nicolau Breyner) tenta ludibriar o porteiro (João de Carvalho) para conseguir entrar no hotel.

– A azáfama toma conta da cozinha cibernética, onde quem prepara os pratos não é um cozinheiro, mas sim um engenheiro (Francisco Nicholson) com capacidade para programar a confeção dos pratos, e que se vê a braços com a diversidade de pedidos que as ajudantes (Cláudia Cadima e Paula Nunes) vão trazendo.

– No salão de festas, entre os presentes, está uma atriz brasileira, de seu nome Guizeth Chavalla (Mafalda Drummond), que está em Portugal para participar em eventos de solidariedade, participações essas devidamente remuneradas – em dólares, claro está. Ao soar das doze badaladas, Guizeth vê-se em apuros para conseguir sair de uma casa de banho cuja porta abre e fecha com comando de voz (mas que parece não funcionar quando o sotaque é brasileiro).

– Enquanto isso, uma atriz bem portuguesa (Manuela Maria) tenta desesperadamente chegar ao hotel a tempo da passagem de ano, mas o taxista (Henrique Viana) parece não querer colaborar…

Tudo isto durante um show apresentado por Nicolau Breyner e assistido pelo terceto “As Três”.

Nicolau Breyner
As Três

As atrações da noite são:

Fernando Lito
Paulo de Carvalho
Eugénia Melo e Castro
Lena d'Água e Banda Atlântida
Magda Cardoso
Rodrigo
Nicolau Breyner
Quinteto Maria João
José Cid
Lara Li
Paco Bandeira
Clemente
Lenita Gentil
Xokmaiô

Espaço ainda para algumas mensagens de Ano Novo, deixadas por Amélia Rey Colaço, César de Oliveira e Álvaro Malta.

Especial exibido na derradeira noite de 1983, um ano profundamente marcado pela crise em Portugal, situação que não passou em branco nos textos do programa, recheados de referências aos desmandos do governo e à sobrecarga de impostos.

No domínio da música, esteve presente do melhor que havia em Portugal naquela altura.

A personagem Guizeth Chavalla, interpretada por Mafalda Drummond, era claramente uma sátira à atriz brasileira Elizabeth Savalla.

Mafalda Drummond

Nesse ano, Savalla deslocara-se ao nosso país para participar numa gala da UNICEF, tendo para isso recebido um chorudo cachê.

Elizabeth Savalla no programa A Festa Continua (06/11/1983)

Francisco Nicholson e Nicolau Breyner não deixaram de dar uma alfinetada pelo facto de não ser deles a novela que a RTP estava a produzir: Chuva na Areia, da autoria de Luís de Sttau Monteiro. Em determinado momento do show, Nico diz que, naquela noite, “quem falar em telenovelas leva sttau-sttau no sttu-sttu.”

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