Esturro e Companhia é um programa que procura transmitir às crianças aspetos sobre diversos alimentos e as regiões que lhes dizem respeito.

Fátima Freitas, acompanhada pelo boneco Esturro, introduz o alimento à roda do qual giram todas as partes do programa.

Culinária

Na primeira parte de cada episódio, as crianças são instruídas na feitura das suas próprias receitas. O Pedro e a Rita, de oito anos, fazem-nos crescer “água na boca” ao executarem uma saborosa receita em que se inclua o alimento abordado no programa.

A cozinha tradicional portuguesa é um dos vetores desta série, acabando por abranger pratos de todas as regiões do país.

Sketches de fantoches

No decorrer do programa, são mostrados pequenos sketches com o boneco Esturro e os seus amigos Carriça e Remoinho.

Os três fantoches são a “alma da festa”, brincando com o que as crianças cozinham, à sua maneira, com a alegria e ingenuidade que os caracterizam.

Canção

Todos os programas contam também com a presença de um jovem (dos 15 aos 18 anos) que interpreta uma canção a propósito do alimento em questão.

Arte

Nesta parte, mostra-se como grandes artistas trataram o alimento nas suas obras.

Decoração

Um grupo de crianças emprega o mesmo alimento como elemento decorativo, executando trabalhos fáceis e graciosos.

Informação científica

O Eng. Sousa Veloso, técnico de comprovada competência, estabelece com um grupo de crianças um diálogo em que fornece as informações mínimas fundamentais acerca do tema.

Conto ilustrado

Finalmente, cada episódio termina com a narração de um conto especialmente escrito para o efeito e subordinado ao mesmo alimento, tema da semana. A história que se conta é ilustrada com desenhos de Romeu Costa.

As imagens separadoras das várias partes de cada episódio, que à primeira vista poderão ser desligadas do contexto, ao contrário, estabelecem um elo de ligação conduzindo à história final, que inclui personagens dessas imagens intermédias. Este jogo, chamemos-lhe assim, é como que um estímulo à imaginação, um convite à previsão do que irá passar-se no conto que aparece em último lugar.

1. O leite (21/10/1979)

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2. A fava (28/10/1979)

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3. O pão (04/11/1979)

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4. O arroz (11/11/1979)

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5. A massa (18/11/1979)

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6. O bacalhau (25/11/1979)

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7. A horta (02/12/1979)

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8. O peixe (09/12/1979)

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9. O milho (16/12/1979)

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10. Os ovos (01/01/1980)

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11. O tomate (06/01/1980)

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12. A batata (13/01/1980)

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13. O mel (20/01/1980)

Esturro e Companhia foi exibido aos domingos à tarde, por volta das 17:00.

A confeção das receitas foi coordenada por Maria de Lourdes Modesto, que embora não aparecesse à frente das câmaras, explicava a receita em voz off.

A inclusão de um adulto (das várias regiões do país) que dá apoio às crianças que cozinham foi propositada, para ficar bem patente que é imprudente e perigoso deixá-las sós nesta tarefa.

Também os fantoches Esturro, Carriça e Remoinho parodiaram estas situações, dando-nos assim ideias muito aproximadas das consequências que podem ter os “desastres na cozinha”.

A escolha de receitas teve em vista, além da sua variedade e característica regional, a sua simplicidade e custo, para serem acessíveis aos jovens inexperientes de todas as condições sociais. Houve também a preocupação de ensinar às crianças truques básicos de culinária.

Onze cozinhas regionais, tendo em atenção a altura das crianças que ali iriam atuar, estiveram simultaneamente montadas no maior estúdio da RTP para gravação das “culinárias”. As restantes foram filmadas no exterior (Sesimbra e Almeirim).

O pequeno “cozinheiro” Pedro Durão era filho de Raul Durão, jornalista da RTP.

Por sua vez, a chef Rita Bernardino é hoje psicóloga clínica e terapeuta holística.

O Eng. Sousa Veloso, eterno apresentador do TV Rural, colaborou no programa participando num diálogo informativo sobre os alimentos.