Jogo de Cartas (1989)

Exibição:
18/09/1989 – 14/09/1990 (RTP 1)

Número de sessões:
232

Apresentação:
Nicolau Breyner

Assistentes:
Felipa Garnel
Maria João Lopes

Inquéritos:
Marktest

Produção:
Piedade Maio
José Montalvão

Realizador:
Manuel Ruas

Produzido em associação com:
Mark Goodson Productions
Fremantle International, Inc.

Eis um concurso que, não obstante a manifesta simplicidade das suas regras, empolgava avós e netos em frente ao televisor todos os fins de tarde.

Jogo de Cartas era composto por duas partes. Na primeira, havia dois concorrentes, começando o desafio com uma pergunta feita por Nicolau Breyner, cuja resposta consistia sempre num número. Um dos concorrentes respondia e o outro dava o seu palpite sobre se o número correto seria superior ou inferior a esse, ou seja, “para cima” ou “para baixo”. Se acertasse, seria o primeiro a “jogar às cartas”, adivinhando, numa sequência de cartas dispostas num placar, se a seguinte seria de importância superior ou inferior à que se encontrava visível, ou seja, “para cima” ou “para baixo”. À medida que o jogo se ia desenrolando, os concorrentes iam acumulando pontos, convertíveis em dinheiro, passando à segunda parte o concorrente vencedor. Este concorrente também teria o direito de participar na sessão seguinte do programa.

No que respeita à segunda parte, apenas temos um concorrente, que vai apostando o que ganhou na primeira parte, arrecadando mais pontos e, com isso, mais dinheiro. Para tal, conta também com alguns pontos que lhe são oferecidos pelo apresentador nos momentos mais decisivos da partida. E a aposta consiste sempre em adivinhar se a carta seguinte, ao longo de toda a sequência, é superior ou inferior à que a precede, ou seja, “para cima” ou “para baixo”.

Terminada esta fase, o concorrente tem a oportunidade de ganhar um automóvel respondendo a uma pergunta de cultura geral, extraída da versão de 1988 do Trivial Pursuit.

Baseado no formato americano Card SharksJogo de Cartas estreou na RTP em 1989 e esteve no ar durante um ano, nos fins de tarde da RTP 1.

As assistentes Felipa Garnel e Maria João, carinhosamente batizadas de Pipinha e Janeca, tornaram-se muito populares na altura.

Gritos de guerra como “Para cima!” ou “Para baixo!” também faziam as delícias dos telespectadores.

Jogo de Cartas teve vários momentos altos:

– Em certa ocasião, uma concorrente delira com um berbequim, dizendo ser este um eletrodoméstico de que “gosta muito”.

– Outra concorrente implora mais pontos a Nicolau Breyner, alegando, sem sucesso, ter a certeza de que ele lhe dará uma quantidade superior à que era atribuída a todos os finalistas.

– Outro momento memorável é aquele em que o apresentador pergunta à assistência se se importa de o ver com óculos escuros. Como ninguém tem nada a opor, Nicolau Breyner não tira os óculos escuros e assim permanece até ao fim do programa.

– Por fim, no último Jogo de Cartas é mostrada a assistência pela primeira e única vez, numa emocionante despedida do apresentador e das suas assistentes, Pipinha e Janeca.

Em 1991, Jogo de Cartas voltou às emissões da RTP, desta vez no horário da manhã, conduzido por Serenella Andrade e gravado nos estúdios do Porto.

No verão de 2007, a RTP produziu um programa intitulado Superconcurso – Jogos de Sempre, cujo objetivo era recordar os concursos mais marcantes da nossa televisão. Uma das sessões foi preenchida com o Jogo de Cartas.

Foram exibidos depoimentos de Nicolau Breyner, Felipa Garnel, Maria João Lopes e Serenella Andrade.

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Jogo de Cartas (1989)