Napoleão, Meu Amor!

Exibição:
18/03/1990 – 17/07/1990 (RTP 1)

Número de episódios:
07

Argumento:
Carlos Areia
Manuel Arouca
Ana Rita Martinho

Realização:
Tozé Martinho

Produção executiva:
Atlântica

Elenco:
Carlos Areia – Napoleão
Carlos Coelho – Ângelo
Luís Matta – Penhasco
Mila Ferreira – Josefina

A ação desta história gira em torno da tempestuosa relação entre um pai e o seu filho e de uma herança cheia de armadilhas. O pai, Napoleão Neto (Fernando Soares), dono de um próspero império hoteleiro, não encontra no seu herdeiro o seguidor fiel das suas ideias e da sua maneira de estar no mundo. Por seu lado, o filho, Napoleão Neto (Carlos Areia), inconformado com as pretensões paternas, acaba por se afastar e dar um novo rumo à sua existência.

Depois de ter sido deserdado pelo pai, numa altura em que a juventude o levava a escolher os caminhos da boémia, Napoleão é, depois da morte do seu progenitor, colocado numa situação delicada: é nomeado gestor do famigerado império, mas na condição de ultrapassar os lucros apresentados no último relatório de contas da empresa. Caso tal não se verifique, esperam-no a porta da rua e a transferência de poderes e benesses para Penhasco (Luís Matta), administrador dos hotéis da família.

Napoleão no velório do pai

Depois da leitura do testamento, que surpreende tudo e todos, entram em ação aqueles que vêem em perigo a sua situação. A começar em Josefina Parente (Mila Ferreira), secretária e amante do pai de Napoleão, e a acabar em Penhasco, habituado a mexer os cordelinhos todos em matéria de negócios, não há quem não queira candidatar-se ao “trono” ocupado, ainda que condicionalmente, por Napoleão filho.

Penhasco e Josefina

Acresce, a todo este enredo, o facto de Napoleão Neto ser um indivíduo destravado e pouco habituado a levantar o braço, nem que seja para pegar no jornal que o fiel Mordomo (Carlos Coelho) tem por uso e costume pôr-lhe ao alcance.

Ângelo e Napoleão

Napoleão Neto (Carlos Areia)
Na juventude, tomado por uma vida boémia, quase provocou a morte do pai, que ficou anos sem ver, depois de ter sido deserdado. Contudo, uma cláusula do testamento do seu progenitor vem dar-lhe uma nova oportunidade: durante um ano, será presidente do Conselho de Administração do império napoleónico. Se conseguir ultrapassar os lucros do último relatório de contas, torna-se imediatamente herdeiro dos hotéis. Embora não se sinta confortável no papel de gestor, vai-se desembaraçando com o preciso amparo do mordomo Ângelo.

Penhasco (Luís Matta)
Tem a seu cargo a administração do império hoteleiro, do qual ambiciona tomar posse. Boicota, com ardilosos planos, a gestão de Napoleão, para que ele não consiga cumprir a cláusula do testamento.

Josefina Parente (Mila Ferreira)
Durante 15 anos, foi secretária particular e amante do pai de Napoleão. Espera ver o seu sacrifício recompensado e, para isso, faz um pacto com Penhasco, com o intuito de aniquilar Napoleão. Tenta seduzir o herdeiro, para que ele siga as suas indicações.

Ângelo (Carlos Coelho)
Fiel mordomo de Napoleão Neto (pai). Com a morte deste, ajuda Napoleão a assegurar a posse da herança, para que esta não caia nas mãos de Penhasco. Orienta-o na gestão dos hotéis e adverte-o acerca das intenções de Josefina.

1. (18/03/1990)
Napoleão, embriagado, entra no quarto do hotel e vai direito à kitchenette, à procura de qualquer coisa para comer. Põe uma frigideira no fogão, abre o gás e, a certa altura, toca o telefone. É o pai, dono de um imenso império hoteleiro. Napoleão entra em coma alcoólico e o pai, aflito, corre ao quarto do filho. Leva um charuto na boca, o que provoca uma grande explosão. Furioso com a irresponsabilidade do filho, o pai de Napoleão ameaça deserdá-lo. Vinte anos depois, por morte do pai, Napoleão prepara-se para a abertura do testamento, para inquietação de Penhasco e Josefina, os dois mais diretos colaboradores do defunto, que esperam, ansiosos, a oportunidade de passarem a controlar a cadeia de hotéis.

Participações especiais:
Fernando Soares – Napoleão Neto (pai)
Jorge Sousa Costa – Notário


2. (25/03/1990)
Napoleão, acompanhado da secretária e do Mordomo, chega à Madeira, onde é esperado no hotel pelo diretor, que lhe apresenta o programa para a reunião dos médicos geriatras. Josefina troca os discursos e pronuncia um particularmente insultuoso, o que faz com que o presidente queira processar Napoleão. O Mordomo tenta salvar a situação e convida os médicos, em nome de Napoleão, para um passeio turístico pela ilha, mas Josefina continua a fazer das suas.

Participações especiais:
João de Carvalho – João Ferreira
Manuel Arouca – Diretor do hotel


3. (01/04/1990)
Napoleão, o Mordomo, Josefina e Penhasco estão em Vidago. E é no hall do hotel que se cruzam Josefina e Bob, amigos de longa data. Ambos decidem prejudicar Napoleão, aproveitando a anunciada chegada de Spielberg e da sua equipa de filmagens. Napoleão é, pois, convidado a fazer parte do elenco e aceita, mas os acidentes sucedem-se, devido ao seu temperamento desastrado.

Participação especial:
Manuel Castro e Silva – Bob Matias
Helena Laureano – Ludovina Pereira


4. (29/04/1990)
Josefina tenta seduzir e envenenar o Marquês do Mar, deitando-lhe um pó no champanhe. Ao vê-lo desmaiado, tira-lhe o anel de brasão, que entrega a Penhasco. Napoleão vê-se obrigado a tornar-se um perito em golfe e prepara-se para fazer frente ao falso Marquês. Consegue a primeira vitória servindo-se de um ardil, e o êxito final com a ajuda de um tremor de terra.

Participação especial:
Agripino Oliveira – Marquês do Mar


5. (03/07/1990)
No gabinete de Penhasco, este e Josefina preparam uma fórmula para provocar amnésia a Napoleão e ao Mordomo. Mas dá-se uma explosão e é Josefina a sofrer as consequências, ao engolir o preparado. Penhasco vê-se, pois, obrigado a acompanhar Napoleão à Guiné e, sozinho, dar continuidade aos planos de sabotagem. No hotel da Guiné, Napoleão, o Mordomo e Penhasco são informados de que, entre os hóspedes, se encontra uma equipa de futebol que participará no torneio. Nessa noite, Penhasco mistura uma poção soporífera na sopa destinada aos jogadores.

Participação especial:
Carlos Vaz


6. (10/07/1990)
O Mordomo é raptado por três orientais, que deixam em troca um embrulho. No embrulho, está um gravador com uma mensagem que diz que o rapto se ficou a dever a uma dívida de jogo que o pai de Napoleão contraiu em Macau. O Mordomo está refém até que Napoleão pague essa dívida: ou ele paga ou é o Mordomo a pagar com a vida. Napoleão encontra-se com Penhasco e Josefina, e esta tem já o dinheiro do resgate e bilhetes para Macau. Desembarcados no Oriente, vão pagar o resgate, mas o dinheiro é falso. Depois de uma implacável perseguição pelas ruas de Macau, Napoleão é apanhado e torturado pelos chineses. Napoleão é salvo no último instante pelo Mordomo, que conseguiu arranjar dinheiro… jogando no Casino.


7. (17/07/1990)
Napoleão, Mordomo e Penhasco conversam na varanda do Hotel Bela Vista, em Macau. Um hotel magnífico, mas bastante degradado, motivo pelo qual Penhasco convence Napoleão a comprá-lo. Apesar da oposição do Mordomo, Napoleão acaba mesmo por comprar o hotel e assinar uma proposta que Penhasco já tinha preparada. Horas depois, na piscina do hotel de Napoleão (Hotel Mandarim), o dono do Bela Vista participa aos presentes, entre os quais um concorrente à aquisição do hotel, que este vai ser totalmente remodelado e se vai tornar numa das unidades hoteleiras mais importantes de Macau. Sendo o dono do Bela Vista um homem muito rico e não necessitando de dinheiro, propõe um concurso de cozinha aos dois interessados – aquele que ganhar adquirirá o hotel. Chega o momento das provas e Napoleão vê-se a braços com um boicote, poucos pratos, um morto, um ferido e um incêndio. A pontuação vai ser catastrófica.

Participação especial:
Comendador Alberto Dias Ferreira
Armando Cortez – Necas

Série de humor produzida pela Atlântida, produtora de Tozé Martinho.

O enredo foi concebido por Carlos Areia, também protagonista, e adaptado para televisão por Ana Rita Martinho e Manuel Arouca.

Carlos Areia e Carlos Coelho

As filmagens decorreram em hotéis espalhados por Vidago, Estoril, Algarve, Madeira, Guiné e Macau.

Luís Matta não participou nas gravações na Madeira, e Mila Ferreira nas realizadas na Guiné e em Macau.

Mila Ferreira e Luís Matta

Chegou a ser anunciado um episódio em Cabo Verde, mas que nunca foi gravado (ou, pelo menos, incluído na série).

Os primeiros quatro episódios foram exibidos aos domingos, ao início da tarde. Depois de colocar a série na programação sucessivas vezes, sem a transmitir, a RTP decidiu pela sua suspensão. Os derradeiros três episódios passaram à terça-feira, no mesmo horário, alguns meses mais tarde.

A série encontra-se disponível para visualização no portal RTP Arquivos.

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Napoleão, Meu Amor!