O Beijo de Judas

Exibição:
14/02/1992 – 20/03/1992 (RTP 2)

Número de episódios:
06

Argumento e diálogos:
João Miguel

Música original:
Carlos Alberto Moniz

Realização e montagem:
Rogério Ceitil

Elenco:
Rogério Samora – Luís
Luzia Paramés – Ana
Alberto Quaresma – Alberto Fernandes
Alexandra Diogo – Alexandra
António Assunção – Ricardo
Amílcar Botica – Amílcar
Almeno Gonçalves – Simões
Antonino Solmer – Manuel
Carlos Lacerda – médico
Eduardo Coelho
Estrela Novais – Clara
Filipe Ferrer – Mendes
Guilherme Filipe – Artur
Isabel Leitão – Joana
João Lagarto – Carlos
Jorge Estreia
José Manuel Mendes – Dr. Alberto
José Mora Ramos – Zé (Mudo)
Martins Pereira
Raquel Ribeiro

Luís (Rogério Samora) é um policial a quem prepararam uma armadilha e que, agora, tem contra si uma acusação por tráfico de droga.

Na luta para provar a sua inocência, podendo apenas contar com os seus próprios meios, Luís envolve, de forma acidental, uma completa desconhecida, a psicóloga Ana (Luzia Paramés).

Este é apenas o ponto de partida para uma história que envolve uma intrincada rede criminosa cujos cordelinhos são movimentados por alguém muito poderoso…

Luís (Rogério Samora)
Polícia que leva uma vida estável, embora modesta, até ao dia em que é injustamente acusado de ser “passador” de droga.

Ana (Luzia Paramés)
Psicóloga que se vê envolvida nos problemas de Luís depois de o ajudar numa fuga, pensando que está ferido.

Ricardo (António Assunção)
Colega de Luís, de quem é amigo. Orgulha-se por ser um profissional honesto, mas vai revelar alguma fraqueza de caráter, quando surgir a motivação certa para tal.

Carlos (João Lagarto)
Também colega de Luís, mas corrupto e ligado à organização de Mendes. No entanto, nem com ele age de forma leal.

Dr. Alberto (José Manuel Mendes)
Chefe da Polícia.

Mendes (Filipe Ferrer)
O chefe do gang.

Artur (Guilherme Filipe)
Membro do gang de Mendes.

Simões (Almeno Gonçalves)
Outro membro do gang de Mendes.

Amílcar (Amílcar Botica)
Informador de Luís.

Joana (Isabel Leitão)
Mulher de Luís, com quem tem uma filha, Cláudia.

Clara (Estrela Novais)
Mulher de Ricardo. Impossibilitada de trabalhar fora, é doméstica.

Manuel (Antonino Solmer)
Companheiro de Ana, com quem mantém uma relação desgastada.

Alexandra (Alexandra Diogo)
Perigosa delinquente que assalta os “passadores” ao serviço de Mendes.

Mudo (José Mora Ramos)
Trabalha em parceria com Alexandra, a quem é totalmente submisso e por quem nutre um amor platónico.

Alberto (Alberto Quaresma)
Administrativo da polícia. Aproxima-se de Luís e transmite-lhe algumas informações úteis.

1. (14/02/1992)
Luís é informado por Amílcar de que a lista com os nomes das pessoas que fazem parte da “rede” de Mendes está escondida no escritório deste. Luís tenta apoderar-se da lista, mas cai numa armadilha, embora ao falar com Amílcar ele diga estar inocente da traição. Mais tarde, e já em casa, Luís é surpreendido por dois colegas, que lhe dizem terem recebido uma denúncia em que ele é acusado de ser “passador” e ter na sua posse cocaína.


2. (21/02/1992)
Luís luta com Carlos e é suspenso. Os homens de Mendes são assaltados por um casal, que lhes deixa uma estranha mensagem. Embora inquieto, Mendes não revela o que o preocupa. Ricardo tenta confortar Luís, mas este reage mal e os dois acabam por discutir. O estranho casal volta a assaltar os homens do Mendes e sobre Luís paira a suspeita de ser o “cérebro” do grupo.


3. (28/02/1992)
Mendes manda os seus homens matar Luís, mas este consegue escapar-se. O Dr. Alberto convida Ricardo para ir a sua casa, onde lhe apresenta Mendes como um velho amigo dos tempos de liceu. Ricardo conta a Luís que o Dr. Alberto é sócio do Mendes. O mudo e a rapariga assaltam a casa do Mendes. Furioso por ter sido agredido, Carlos quer matar o mudo.


4. (06/03/1992)
Luís acusa Ricardo de se ter vendido ao Mendes. Clara vai a casa de Luís para saber o que se passa com o marido, mas ele oculta-lhe a verdade sobre Ricardo. Bastante deprimido, Manuel regressa a casa e pede a Ana que o deixe dormir lá. Ana diz a Luís que sabe tudo sobre a mulher dele e é esbofeteada.


5. (13/03/1992)
O doutor interroga Luís sobre a morte de Alberto, e Ricardo recusa-se a receber dinheiro pelos “trabalhos” feitos para o Mendes. Entretanto, Clara pede a Luís que ajude o marido, mas ele recusa. O doutor diz a Ricardo que vai pregar um “susto” a Luís.


6. (20/03/1992)
Luís e Carlos são atraídos a uma cilada. Carlos é ferido. Desesperado, vai a casa do doutor para o matar, mas este diz-lhe que a rapariga é filha do Mendes. Carlos vai pedir explicações a Alexandra, mas o mudo liquida-o. Mendes acusa o doutor de ter mandado pôr o corpo de Carlos à sua porta e ameaça denunciá-lo.

Rogério Ceitil regressava às séries policiais, depois de Zé Gato (1979-1980) e Duarte & C.ª (1985-1989).

Em O Beijo de Judas, o realizador abdicou do estilo burlesco de Duarte & C.ª, preferindo adotar o tom mais sério de Zé Gato.

Rogério Ceitil considerou ter atingido, com este trabalho, os objetivos a que se propunha, e classificou a série como o resultado de uma evolução e de um somatório de conhecimentos: “É a continuação de uma experiência que me tem saído bem, mas é a rutura temática com o trabalho anterior – sem violência e essencialmente divertido –, num regresso às origens”.

Apesar do enredo surpreendente e realização exemplar, O Beijo de Judas não teve a mesma repercussão das séries anteriores, possivelmente por ter sido exibida na RTP 2, um canal de menor audiência.

Na interpretação, destaque para Filipe Ferrer, como o bandido Mendes, e para José Manuel Mendes, como o manipulador Dr. Alberto.

Filipe Ferrer
José Manuel Mendes

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