Roseira Brava

Exibição:
08/01/1996 – 08/06/1996 (RTP 1)

Número de capítulos:
130

Original:
Tozé Martinho
Sarah Trigoso
Cristina Aguiar

Direção musical:
Paco Bandeira

Direção de atores:
Armando Cortez

Produção:
Pedro Miranda

Realização:
Álvaro Fugulin
Jorge Paixão da Costa

Direção geral:
Nicolau Breyner

Elenco:
Adriana Barral – Fani
Anita Guerreiro – Carminda
António Aldeia – A. Ramalho
António Évora – Zé Luís
António Pedro Cerdeira – Eduardo Falcão
Camacho Costa – Silva
Canto e Castro – Coronel Julião Saraiva
Carlos César – Januário
Carlos Coelho – Vitalino
Carlos Rodrigues – Augusto
Carlos Santos – Joaquim da Horta
Catarina Kaizeler – Clotilde
Elsa Valentim – Helena Vilhena
Fátima Belo – Marta Botelho
Gil Vilhena – Lucas
Henrique Santos – Padre Sebastião
Hermínia Tojal – Esmeralda
João Rodrigo – Inácio
Jorge Estreia – Gonçalo Amaral
Jorge Veiga Xavier – J. Dias
José Gomes – Vicente Falcão
José Raposo – Latinhas
Leonardo Varella-Cid – Nelo da Silva Horta
Luís Esparteiro – João Pedro Morais
Luís Zagallo – Mário Oliveira
Lurdes Lima – Cacilda
Lurdes Norberto – Luísa Vilhena
Mané Ribeiro – Sílvia
Manuel Castro e Silva – Lopes
Manuel Cavaco – Santa Comba
Manuela Maria – Ortense da Purificação
Manuela Santos – Matilde Vilhena
Márcia Breia – Inácia da Silva Horta
Márcio Ferreira – Miguel
Margarida Carpinteiro – Constantina
Maria José – Delfina
Mariana Rey Monteiro – Rita Navarro
Mário Pereira – Afonso
Marques d’Arede – Raul Navarro
Miguel Moreira – Serafim
Nuno Homem de Sá – José Carlos Navarro
Patrícia Tavares – Anabela
Rita Salema – Inês
Rodolfo Neves – João Vilhena
Rogério Samora – Jaime Faria
Rosa Villa – Odete
Sílvia Rizzo – Sofia Figueiredo
Simone de Oliveira – Amélia Falcão
Sofia Sá da Bandeira – Joana Navarro
Sónia Aragão – Diana
Sylvie Rocha – Margarida
Tony Lima – Frank Silva
Tozé Martinho – Francisco António Barbosa Botelho
Virgílio Castelo – Manolo da Purificação

Participações especiais:
Adriano Carvalho – Advogado de acusação no julgamento de António
Rui Fernandes – Sousa Marques
Natacha Marchã – Carmen (colega de Marta na faculdade)
Ana Luís Martins – Teresa (mulher de Gonçalo)
Lurdes Santos – Rosário
Pedro Pinheiro – Castanheira
Fernando Parreira – Fernando (trabalhador da Roseira Brava)
Henrique Guerreiro Pinho – Homem que cobra dívida a Zé Carlos
Herlinda de Almeida – Lucília
Mafalda Vilhena – Namorada de Zé Carlos
José Alves – Cliente do El Dourado
Maria Clementina – Josefa
Rita Frazão – Secretária da Navarro S.A.
Elisabete Almeida – Felismina
Bruno Rossi – Sousa
Noémia Costa – Vendedora da loja de roupa
Lina Morgado – Funcionária dos correios de Santo Estêvão
Jorge Paixão da Costa – Homem a sair da estação
António Cid – Membro da Administração da Navarro S.A.
Carlos Gonçalves – Membro da Administração da Navarro S.A.
Maria Henrique – Maria
Rita Alagão – Sandra
Benjamim Falcão – Gouveia
Waldemar de Sousa – Médico que observa Inês
Rafael Leitão – Rececionista do hospital
Françoise Ariel – Madame Varrié
Rosa Guerra – Cabeleireira
Carlos Martins – Dr. Nogueira (notário)

Francisco António Barbosa Botelho (Tozé Martinho) vê o seu mundo ruir quando é condenado, por negligência médica, a oito anos de prisão, por homicídio de um paciente, Luís Serra. Ao ouvir a sentença, Marta (Fátima Belo), a filha de António, sentada no banco do tribunal, larga, exasperada e remordente: “Nunca mais o quero ver!”. Fazendo do empresário Raul Navarro (Marques d’Arede) – amigo do pai e seu padrinho – o seu ponto de referência, acaba com brilho o curso de Economia e prepara-se para ocupar um importante cargo na Navarro S.A.

Marta manteve a promessa ao pé da letra: nunca mais viu o pai, que disse vezes sem conta não ter. Oito anos depois, engole o orgulho em seco e, por ordem de Raul, visita-o, contrafeita. Não vacila no sentimentalismo, vincando o gelo que detetou na personalidade de Raul e de que agora reveste a sua. O pai, ao abandonar a prisão, sai agarrado a dois objetivos. Um deles é reconquistar o amor debilitado da filha. O outro é ainda mais difícil: conhecer Matilde (Manuela Santos), a mulher de Luís, por quem platonicamente se apaixonara. Guardara-lhe a fotografia e com ela sonhara no cárcere.

Matilde e António

Mal sabe António que Matilde é o frenético amor de Raul. Este casara com Rosa Maria por interesse e, estando viúvo, fumega de paixão pela viúva de Luís. A oportunidade de reatar o romance aparece com a morte de Guilherme, pai de Raul, com quem se incompatibilizara. Agora, sem o pai na sombra e com a herdade da Roseira Brava a caminho de lhe parar às mãos, por via do testamento, Matilde cair-lhe-á empolgada nos braços.

Raul e Matilde

Embrulhado em espanto, o testamento de Guilherme larga bomba e deixa Raul em polvorosa, a arder de raiva: a este cabe-lhe tudo do pai, menos a Roseira Brava, que fica destinada ao outro filho de Guilherme, o feitor Afonso (Mário Pereira), pai do finado Luís. Até aqui, Afonso desconhecia qualquer laço de parentesco com o patrão e, afinal de contas, era seu filho. Para compensar o afinco com que ia gerindo a herdade, o pai deixava-lhe a menina dos olhos em testamento. Desconchavado, Raul jura vingança e tudo faz para reaver a Roseira Brava. Com a alma em fogo, mostra ser capaz de tudo, contando a princípio com a ajuda de Rita (Mariana Rey Monteiro), irmã de Guilherme, tia que tem pelo sobrinho um desvelado cuidado. Acre é a relação de Raul com os filhos, o problemático e retorcido José Carlos (Nuno Homem de Sá) e a temperamental Joana (Sofia Sá da Bandeira). Acabam por desembocar em Santo Estevão e encontram por lá a sua linha de horizonte.

O lugarejo, perdido nas planícies alentejanas, parece viver na letargia: os mexericos entram e saem do café da Tia Ortense (Manuela Maria), cujo salero espanhol abre em leque luta entre dois solteirões: o coronel na reserva Julião Saraiva (Canto e Castro) e o talhante Vitalino (Carlos Coelho). Ortense tem uma maneira muito peculiar de falar, na sua pronúncia espanhola arrevesada, e uma cegueira desmedida sempre que o nome do filho Manolo (Virgílio Castelo) salta à liça. É que, se para a vila inteira ele é um demónio, para a mãe extremosa é um santo.

Manolo e Tia Ortense

Por mais que Ortense retruque, o traço de facínora de Manolo salta à vista desarmada: videirinho, é negociante de arte sacra e coloca em virote o coração de donzelas e de casadas. No seu frenesim pelas trapaças, acaba por esbarrar em Amélia Falcão (Simone de Oliveira), mulher do veterinário da vila, Vicente (José Gomes), e mãe de Eduardo (António Pedro Cerdeira), que sonha em realizar-se profissionalmente, enquanto advogado, na terra onde nasceu. Se, para Manolo, Amélia é apenas a dona do armazém onde esconde algumas peças roubadas, para Amélia, Manolo é a tentação escondida. Perdida de amor por ele, tudo faz para o satisfazer.

Assanhada pela sensualidade do filho de Ortense fica também a ingénua Anabela (Patrícia Tavares), que, embalada pela cantiga do malandro e crédula nas suas promessas, vai fazer vida para Lisboa como prostituta no bar El Dourado, chefiado por Manolo. Filha de Inácia (Márcia Breia) e de Joaquim da Horta (Carlos Santos), sonha com um futuro melhor, já que o seu presente é desencantado. Vexada pelo pai – que constantemente descarrega em cima a ira provocada pelo desemprego, regada pela bebida – e sem emprego na vila nem vontade de continuar os estudos, embarca para Lisboa, deixando Eduardo preso pelo fraquinho especial que lhe palpita em fervor, que Amélia tenta esfriar, empurrando-o, subtilmente, para os braços de Marta, sem grande resultado. Eduardo, mais tarde, quando Anabela amargar no bar, sendo a favorita de Mário Oliveira (Luís Zagallo), funcionará como o seu príncipe encantado, que a resgatará da borrasca de uma vida que não lhe está destinada, fazendo-a, triunfante, regressar à vila.

Manolo e Anabela

Amargos de boca e vitórias estão destinados a quase todos os que por ali habitam, ou os que para lá vão viver para remendar a vida. Como os pais de Matilde, João (Rodolfo Neves) e Luísa (Lurdes Norberto), traídos pela filha Helena (Elsa Valentim), geniosa e capaz de, à socapa, depenar os bens dos progenitores e arrastar o seu charme para cima de Raul.

Destapar-se-á, entretanto, a personalidade de Mário Oliveira, um dos gestores da Navarro S.A. em quem Raul mais confia, mas cuja seriedade não é o que parece. Marta pressente e tenta chamar o líder da empresa à razão, em vão. A retaliação de Mário deixa Marta sem chão, fazendo-a cair em descrédito aos olhos de Raul. A cisão é inevitável. E, de perto, António vai amparar a queda da filha. O advogado de Raul, Jaime Faria (Rogério Samora), solteiro e mulherengo, também vai acolitar o ex-médico. Ele, que balança entre Raul e António, tenta agradar a Deus e ao Diabo, como no amor se perde de derriços entre Diana (Sónia Aragão) e Sofia (Sílvia Rizzo), formando um triângulo de difícil desenho.

Também Zé Carlos, jogador e malandro, vê a vida trocar-lhe as voltas quando o pai lhe acaba com a vida dândi. Na Iberaz, encontra o amor de Margarida (Sylvie Rocha), a filha da tagarela da cidade, Cacilda (Lurdes Lima), que esfrega as mãos pela bênção de um amor endinheirado que desassossega a filha.

De paraíso rasgado, João Pedro (Luís Esparteiro), o médico de Santo Estêvão, consegue provar o seu valor, ele que tanto de si duvida. A vila, hostil, dele desconfiava, esvaziando-lhe o consultório, ressabiando por não reconhecer no clínico nem competência nem decência. A isto juntara ele tremuras muito suas à equação: fora casado com Helena e era impotente, o que lhe minou a relação. Em tremeliques, procura consolo na bebida, temendo que o seu segredo seja aclarado. O amor de Joana, que se vai abrindo à medida que a trama avança, ajuda-o a reconciliar-se com a vida.

Desconcertante é o fim de Manolo, que lhe revelará o caráter a Ortense e deixará em turbilhão a alma de Amélia, eternamente agradecida a Anabela, acabando assim com os remoques e sururus que a desenfreada paixão por Manolo provocou.

Entre destemperos e desconcertos, Raul e António enfarinham-se na disputa pelo amor de Matilde. Quando a luta parece ganha por Raul, uma reviravolta é provocada por Inácia, que larga em clamor segredos que jurara guardar, entre os quais a verdade acerca do acidente que deixou Luís entregue à cama do hospital e que matou Rosa Maria.

Com os ânimos exaltados, descobrindo-se o que há que descobrir, vai florescendo a roseira bravia de um amor passional a três. Pela terra, pela mulher e pelo homem que a fazem.

Família Navarro

Raul Navarro (Marques d’Arede)
Empresário esfíngico e com mão de ferro, dirige os negócios da próspera Navarro S.A. Desavenças de oito anos com o pai, a quem voltou as costas, fizeram-no manter-se distante do Alentejo. Vê na morte de Guilherme Navarro a oportunidade de fazer da Roseira Brava, onde jamais tivera autorização paterna para mexer, um complexo turístico. Casou por dinheiro e abandonou a sua paixão da juventude, Matilde, a quem nunca esqueceu. Quer reconquistá-la a todo o custo e confronta-se com António na disputa pelo seu amor, tendo um segredo que pode utilizar para o afastar dela. É um homem calculista, que manipula todos os que o rodeiam. Tem dois filhos, Zé Carlos e Joana, com quem tem uma relação conflituosa. Dá-se melhor com a afilhada, Marta, que criou e moldou à sua imagem e semelhança.

Rita Navarro (Mariana Rey Monteiro)
Irmã de Guilherme Navarro, tia de Raul. Conhece o sobrinho como as palmas da mão. Nunca casou, porque teve uma grande paixão na juventude. É respeitada no Alentejo (de onde nunca saiu), porque se dá bem com toda a gente e raramente se irrita. Abre a boca de espanto quando o testamento do irmão revela o que até então desconhecia: tem um sobrinho chamado Afonso. Apoia Raul e vai amparando, por vezes, o jogo a Zé Carlos.

Zé Carlos Navarro (Nuno Homem de Sá)
Filho de Raul. Bon vivant, leviano, inconsequente. Vivia no Brasil, mas o pai fê-lo regressar. O jogo e as apostas sujas impregnaram-se em vício nas suas veias. E como com o jogo vêm as mulheres, é também um mulherengo. Viveu sempre à sombra da família e faz uso da doença que tem – é diabético – para manipular o pai. É o pai de Miguel, com quem Inês não quer que ele se dê. Envolve-se com Margarida.

Joana Navarro (Sofia Sá da Bandeira)
Filha de Raul, com quem tem relação conflituosa. Jovem moderna, determinada e esperta. Vive em Lisboa, apaixonada por um homem casado. Quando o amor vira desencanto, muda-se para Santo Estevão, largando a carreira de advogada e tornando-se a professora primária da vila. Conhece João Pedro e desencadeia-se um romance entre os dois, que vai embater em alguns problemas antigos da vida dele.

Família Botelho

António Barbosa / Francisco Botelho (Tozé Martinho)
Uma bebedeira destroçou-lhe a carreira de médico e fê-lo penar, amargamente, oito anos na prisão. O doente que não salvou da morte era Luís, o marido de Matilde, que ficara tetraplégico no mesmo acidente que empurrara Rosa Maria (a mulher de Raul) para a morte. Cumprida a pena, tenta reatar a vida, reconciliando-se com a filha e conquistando Matilde, cuja fotografia lhe mexeu com o coração, alimentando por ela um amor secreto, sem lhe revelar quem é. Tem uma personalidade forte e lutadora, mas fica fraco em vários momentos da sua vida. Refugia-se na bebida e, quando está bêbado, transforma-se, tornando-se mais agressivo e tomando atitudes menos coerentes. Como trunfo para conquistar Matilde, tenta impressioná-la com a sua maneira de ser, mostrando-se capaz de amar intensamente.

Marta Botelho (Fátima Belo)
“Condenou”, para ela, o pai (António) à morte, quando este foi condenado a pena de prisão de oito anos. Entregou-se aos estudos e ao afeto ternurento por Raul, a quem considera como pai de criação, vendo nelo o êmulo que gostaria de repetir. Interesseira e interessada em subir na vida.

Família Vilhena

Matilde (Manuela Santos)
Mulher bonita e atraente. Nascida e criada em Lisboa, foi parar ao Alentejo – terra que passou a amar como sua – por via do matrimónio. Casou com Luís por despeito, pois sempre amou Raul. Quando enviuvou, não se entregou à nostalgia. Resoluta e ágil, vive com Raul uma tensão mal resolvida, de sentimentos contraditórios: embora o ame, reconhece que ele não é merecedor desse amor. Zanga-se consigo, sempre que cede ao coração e não à razão. António é um homem que lhe oferece o que ela racionalmente deseja, mas é incapaz de se apaixonar por ele, porque ama Raul. Orgulhosa e voluntariosa, assume, tem relação conflituosa com João Vilhena, o pai, por nenhum dos dois querer dar o braço a torcer.

Afonso Serra (Mário Pereira)
Para todos é o abnegado feitor da Roseira Brava. Fiel discípulo do patrão, Guilherme Navarro. Pacato e calmo, pai do falecido Luís, tem veneração por Matilde, que trata como filha. Torce o nariz ao progresso projetado por Raul, com quem tem relação azeda. O testamento do patrão acaba por lhe ser fatal.

Inês (Rita Salema)
Filha de Matilde. Frágil e sonhadora, muito parecida com a mãe. Vive com ela e com o avô na casa dos caseiros da Roseira Brava. Criou sozinha o filho, Miguel, carregando marca no coração pelo abandono do pai da criança, Zé Carlos. Tem saúde débil.

Miguel (Márcio Ferreira)
Filho de Inês. Amigo de Nelo da Horta. Desenvolve uma cumplicidade mal vista pela mãe com Zé Carlos.

Diana (Sónia Aragão)
Filha de Matilde. Bailarina com uma carreira promissora, que coloca acima de tudo. De riso fácil, um pouco pueril. Vive um triângulo amoroso com Jaime e Sofia.

João Vilhena (Rodolfo Neves)
Pai de Matilde e de Helena. Homem honesto e conservador, dedica-se aos negócios. Dono de várias propriedades e abastado financeiramente. De ego em barda, choca frequentemente com Matilde. Ingénuo, deixa-se ludibriar por Helena.

Luísa Vilhena (Lurdes Norberto)
Mulher de João. De feitio apaziguador, tenta reconciliar o pai com a filha desavinda.

Helena Vilhena (Elsa Valentim)
O feitio de fogo depressa se lhe percebe: é uma mulher calculista, cujas armas de sedução são fortes, sendo quase impossível qualquer homem resistir-lhe. Tem inveja da irmã, Matilde. Já foi casada várias vezes (uma delas com João Pedro), e pende sobre ela a constatação de que não era de fidelidade canina com os seus cônjuges. Enfrenta atualmente um processo de divórcio com o seu último marido, o canadiano William. Prova não ser de boa rês quando tenta vencer na vida delapidando o património da família, deixando os pais na miséria. É amiga de Amélia Falcão.

Família Falcão

Amélia Falcão (Simone de Oliveira)
A pacatez de Santo Estevão enerva-a, logo ela, nascida e criada em Lisboa. O coração falou mais alto quando se apaixonou pelo veterinário da terra, com quem tem um casamento monocórdico e resignado, que será abalado por uma infidelidade da parte dela. Quando vê Manolo, fica com o coração em frenesim, não detetando a perversidade do filho de Ortense.

Vicente Falcão (José Gomes)
Veterinário respeitado na vila, é o marido de Amélia, por quem ainda lhe arde o coração. Algo cândido e de boa índole, é amigo do seu amigo.

Eduardo Falcão (António Pedro Cerdeira)
Recém-licenciado em Direito, é na terra onde nasceu que se quer fixar, para desgosto da mãe, que preferia vê-lo a exercer advocacia nos tribunais de Lisboa. Amigo de João Pedro, apaixonado por Anabela, tenta abrir-lhe os olhos.

Clotilde (Catarina Kaizeler)
Empregada da família Falcão.

Santo Estêvão

Manolo da Purificação (Virgílio Castelo)
Se os olhos de mãe de Ortense estivessem certos, era uma jóia de menino. Iludindo a mãe, cresceu na mentira e na trapaça. Tem todos os defeitos possíveis: é assassino, proxeneta, calculista, interesseiro e aproveitador. Com a cabeça a prémio em Espanha, dedica-se a negócios de falsificação de obras sacras e é o gestor do El Dourado, um bar de “pegas” em Lisboa. Conquistador, faz do charme a sua arma sedutora. Promete mundos e fundos às mulheres, mas só se aproveita delas. Envolve-se com Amélia e seduz Anabela para a levar para a prostituição. É incapaz de sentir amor, compaixão ou amizade. Todas as relações que tem são para o seu único proveito.

Ortense da Purificação (Manuela Maria)
Viúva espanhola radicada há muitos anos em Santo Estêvão, onde foi bem acolhida e a todos cativa. Pelo seu Café Central, que construiu com o suor de uma vida, passam todos os contos e ditos da vila. Em brasa deixa o coração de Vitalino e de Julião. Alimenta o jogo dos dois pretendentes e não lhes retira a esperança de a conquistarem.

Latinhas (José Raposo)
Criado do Café Central. Espezinhado por Manolo.

Julião Saraiva (Canto e Castro)
Coronel aposentado, de peito medalhado em reconhecimento pelos bons serviços prestados à pátria, vive bucolicamente, tentando conquistar o coração de Ortense, numa guerra sem quartel com Vitalino. Tenta ganhar a disputa agindo como um cavalheiro, o que entra em contraste com a rudeza do talhante. Gosta de brincar com os seus soldados em miniatura.

Santa Comba (Manuel Cavaco)
Subalterno do coronel Julião, é uma espécie de faz-tudo. Por vezes, faz lembrar, juntamente com o seu patrão, os detetives Dupond e Dupont de Hergé, repetindo enfaticamente o que Julião diz. Toca trompete na banda da vila.

Vitalino (Carlos Coelho)
Um dos vértices do triângulo amoroso que mais empolga Santo Estêvão. Talhante, investe em levar a mão da sua apaixonada Ortense para o talho, respondendo às emboscadas de Julião com outras armadilhas.

Inácia da Silva Horta (Márcia Breia)
Não faz esforço nenhum para esconder a infelicidade da vida que a amargura. Mãe de Anabela e de Nelo, sofre com os vexames que a bebedeira de Joaquim provoca, negando-se a ser um mero apêndice. Quando a trama o solicitar, vai soltar revelação que traz presa à língua.

Joaquim da Horta (Carlos Santos)
Rude e bronco, cresceu no mundo pequeno onde o homem tem a derradeira palavra. Trata com desdém e rudeza a mulher e os filhos. Desconfiado, brada que a ele “ninguém lhe põe a pata em cima”. Pachorrento, é pouco amigo do trabalho e estoura em bebida o parco rendimento. Aceita, a custo de dinheiro e de artigos alimentares, ajudar Manolo nas suas trapaças.

Anabela da Silva Horta (Patrícia Tavares)
Manolo abre-lhe os horizontes, pondo-lhe a fervilhar em tentação o sonho da cidade grande e de um futuro cor-de-rosa. Ingénua, deixa-se cair na cantiga e experimenta o inferno da prostituição, percebendo tardiamente que os acordes do patife eram apenas balelas.

Nelo da Silva Horta (Leonardo Varella-Cid)
Irmão de Anabela. É o saco de pancada de Joaquim. Por influência do pai, está pouco comprometido com os estudos.

João Pedro Morais (Luís Esparteiro)
Para fugir de um passado nebuloso, feito de segredos e omissões, refugia-se na pacatez de Santo Estevão, onde é o médico da vila. Ainda é olhado de soslaio pelos conservadores maridos, que impedem que as suas mulheres sejam consultadas por ele. De boa índole, apaixona-se por Joana à primeira vista e vai tentando vencer as amarras que lhe empecilham a alma. Dá abrigo a António e já fora casado com Helena.

Cacilda (Lurdes Lima)
Uma das línguas mais afiadas de Santo Estêvão. Lesta, solta fofocas e parece divertir-se com as desditas dos outros. Sórdida parece ser com as desventuras de Anabela, que vive paredes-meias. Gaba Margarida, a filha, e incentiva-a a apaixonar-se por Zé Carlos.

Lucas (Gil Vilhena)
Pai de Margarida e marido de Cacilda. Torce o nariz ao emprego da filha no consultório de João Pedro, por não o conhecer bem. Trabalha na Iberaz.

Margarida (Sylvie Rocha)
A sua beleza não passa despercebida. Sempre foi reprimida pelos pais, que lhe impuseram uma educação rígida. É empregada do consultório de João Pedro, mas, por imposição do pai, que quer protegê-la das más-línguas, vai trabalhar para a Iberaz. Ao ser assediada sexualmente por Zé Carlos, seu patrão, fica nervosa e sofre com isso. No entanto, intimamente, sente uma certa vaidade por ele a desejar. A mãe tenta convencê-la a aceitar esse romance, porque acha que é uma forma de a jovem ascender socialmente. Acaba por se apaixonar por Zé Carlos, mas uma mentira coloca o romance em xeque.

Padre Sebastião (Henrique Santos)
Pároco de Santo Estevão e regente da banda da vila. Irmão de Constantina.

Constantina (Margarida Carpinteiro)
Ex-professora primária, beata devota, dedica-se ativamente ao escárnio e maldizer dos assuntos da vila. Bate de frente com Helena, por considerá-la uma viva ameaça à moral e aos bons costumes de Santo Estêvão.

Januário (Carlos César)
Presidente da Junta de Freguesia e o barbeiro do local. Bom ouvinte dos homens da vila.

Carminda (Anita Guerreiro)
Empregada de Rita.

Delfina (Maria José)
Empregada de Rita, em permanentes atritos com a patroa.

Zé Luís (António Évora)
Trabalhador na Roseira Brava.

Augusto (Carlos Rodrigues)
Trabalhador na Roseira Brava.

Serafim (Miguel Moreira)
Trabalhador na Roseira Brava e na Herdade do Topo.

Inácio (João Rodrigo)
Aldeão de Santo Estêvão. Passa grande parte do tempo no Café Central, dissecando os acontecimentos da vila.

Lopes (Manuel Castro e Silva)
É o sócio de Manolo e uma espécie de sombra do facínora. Está envolvido nos roubos da arte sacra. Tenta não dar muito nas vistas e é sempre evasivo nas respostas que dá sobre os negócios em que Manolo e ele estão envolvidos.

A. Ramalho (António Aldeia)
GNR de Santo Estêvão.

J. Dias (Jorge Veiga Xavier)
GNR de Santo Estêvão.

El Dourado

Esmeralda (Hermínia Tojal)
Prostituta aposentada. Ambiciosa, gere o El Dourado com punho de ferro. Pela-se pelas gorjetas dos clientes e é uma das que se aproveita da ingenuidade de Anabela.

Odete (Rosa Villa)
Prostituta do El Dourado, onde foi parar pelas mãos de Manolo. A história de Anabela comove-a fortemente, construindo com ela forte amizade.

Sílvia (Mané Ribeiro)
Uma das mulheres a quem Manolo atirou a liça, iludindo-a com o seu falar sensual. Ambiciosa, parece ser disposta a tudo para ficar com o facínora.

Silva (Camacho Costa)
Gerente do El Dourado. Apesar do cargo que ocupa, tem bom coração e ajuda Anabela.

Fani (Adriana Barral)
É a barmaid de serviço no El Dourado.

Navarro S.A.

Mário Oliveira (Luís Zagallo)
Trabalha na empresa Navarro S.A., onde ocupa importante lugar. Diz-se ter padrão de vida pouco consentâneo com o seu rendimento. Fervoroso pelas comissões que consegue obter nos negócios, entra em conflito com Marta, que quer desmascará-lo. Frequenta o El Dourado, onde se embeiça por Anabela.

Jaime Faria (Rogério Samora)
Advogado da Navarro S.A. Divide-se entre Raul, que é seu patrão, e António, que é seu amigo de infância. Pândego e libertino, envolve-se com Diana e com Sofia, sem saber que ambas se conhecem.

Sofia Figueiredo (Sílvia Rizzo)
Secretária da administração da Navarro S.A. Amiga de Marta e de Diana, para desgosto de Jaime.

Outros personagens

Frank Silva (Tony Lima)
Veio do Canadá no encalço de Helena, com quem tinha um caso quando esta era casada com William. Interesseiro, mau-caráter, faz tudo por dinheiro.

Gonçalo Amaral (Jorge Estreia)
Homem casado com quem Joana tem um caso, em Lisboa. Tenta demovê-la da ideia de se mudar para Santo Estêvão, alimentando intrigas a respeito de João Pedro.

Rosário (Lurdes Santos)
Empregada dos Vilhena em Lisboa.

Participações especiais

Advogado (Adriano Carvalho)
Advogado de acusação no julgamento de António.

Sousa Marques (Rui Fernandes)
Juiz que condena António a 8 anos de prisão e que, mais tarde, já quase no final da novela, o ajuda na recuperação do bom-nome.

Castanheira (Pedro Pinheiro)
Gestor de conta na Caixa de Crédito Agrícola. Bajula Raul, fornecendo-lhe informações sigilosas a troco de favores.

Carrilho
Negociante de cortiça. Compromete-se com Matilde a comprar toda a cortiça da Roseira Brava, mas, de conluio com Raul, desiste da compra. Não goza da simpatia da tia Rita.

Lucília (Herlinda de Almeida)
Senhora que aluga um quarto a Anabela, em Lisboa. Trata a jovem com cuidado maternal e preocupa-se com o seu futuro na cidade.

Josefa (Maria Clementina)
Dona da mercearia próxima ao El Dourado. Embora a contragosto, ajuda Anabela a iludir Inácia.

Felismina (Elisabete Almeida)
Proprietária da Quinta do Mocho, que vende a Matilde, a fim de ir viver junto dos filhos.

Vendedora (Noémia Costa)
Vendedora da modesta loja de roupa de Santo Estêvão, onde o Coronel e Vitalino compram presentes para Ortense.

Sousa (Bruno Rossi)
Notário amigo de João Vilhena, que o ajuda a reparar os males causados por Helena.

Gouveia (Benjamim Falcão)
Representante do Banco onde estão as contas da Navarro S.A.

Sandra (Rita Alagão)
Trabalha num instituto de beleza, onde, por intermédio de Odete, arranja um emprego a Anabela.

Madame Varrié (Françoise Ariel)
Dona do instituto de beleza. Satisfeita com o estágio de Anabela, efetiva-a como esteticista.

Maria (Maria Henrique)
Rececionista do instituto de beleza.

Rodada entre fevereiro e agosto de 1995, Roseira Brava aguardou até ao início do ano seguinte para se apresentar ao público.

A audiência não andou pelas ruas da amargura, tendo em conta que batia de frente com a máquina trituradora das novelas brasileiras em altura hegemónica. Vários fatores contribuíram para o êxito de Roseira Brava: a primeira telenovela do género rural, com um enredo interessante e um leque de personagens castiços e carismáticos agarrou os espectadores ao ecrã.

Explorando o pitoresco cenário alentejano, as gravações exteriores decorreram na localidade de Brinches, concelho de Serpa, o que obrigou os atores a frequentes deslocações.

Autor e protagonista, Tozé Martinho – que, pelo seu passado familiar, sempre estivera ligado ao Alentejo – considerou que este seria um elemento crucial para o sucesso da novela: “Elas [as telenovelas portuguesas] terão que ter um lenitivo qualquer que aguce o apetite do público. Uma boa história não chega. Sobretudo nesta altura, em que as nossas telenovelas se tentam impor no horário nobre da RTP e têm que competir diretamente com as brasileiras. E, para isso, elas têm que ser cuidadosamente preparadas, por forma a oferecerem alguma coisa de diferente. No caso desta, o fator Alentejo é o tal ingrediente que faz a diferença”.

Gravação de exteriores no Alentejo

Sentiu-se a falta de experiência da estreante Manuela Santos, que fez o que pôde para dar vida à protagonista Matilde.

Do trio de protagonistas, quem se evidenciou foi Marques d’Arede, intérprete do vilão Raul Navarro, apesar de algum overacting que se fazia sentir nas suas cenas.

O destaque valeu-lhe um convite para atuar numa telenovela da Globo, Salsa e Merengue, que marcou também a estreia de Paulo Pires como ator.

Bem mais discreto, passou pela novela o outro vértice do triângulo amoroso principal, Tozé Martinho, que não comprometeu, mas também não encantou.

A comédia ficou a cargo do triângulo amoroso encabeçado pela tia Ortense (Manuela Maria), cuja bonomia e sotaque espanholado serviram para arrancar boas gargalhadas em quem via, dividindo o protagonismo com o talhante Vitalino (Carlos Coelho) e com o militar Julião Saraiva (Canto e Castro), que lhe disputavam o coração.

O desempenho de Virgílio Castelo, enquanto o vigarista Manolo, merece igualmente ser louvado. Com efeito, apesar de o vilão ter todos os defeitos possíveis, o ator conseguiu dar-lhe alguma leveza – sobretudo nas cenas com a mãe, onde parecia um bebé mimado e carente – conseguindo, com mestria, conquistar a simpatia do público.

A estreia de Patrícia Tavares, vivendo a sofrida Anabela, ficou na memória de todos, conseguindo colmatar o nervosismo de principiante.

Apesar de também estreante em telenovelas, a bem mais calejada Simone de Oliveira valeu-se da sua experiência para deixar a sua marca em Amélia Falcão.

Simone em cena com José Gomes

Não obstante, aquando da estreia, Simone manifestou o seu receio em relação à reação do público: “Amélia não é agradável nem simpática. O público não vai estar à espera que eu interprete um papel deste género. Os homens vão achar graça e as mulheres vão odiar a minha personagem. Além disso, as mulheres vão ter ciúmes do Virgílio Castelo, pois na história serei amante dele. As dos trinta matam-me e as dos cinquenta ficam com dor de cotovelo. Estou de facto um pouco preocupada com a reação do público, já que sempre tive um certo carisma que nesta personagem será acentuado”.

A perversa Helena Vilhena, defendida com garra por Elsa Valentim, foi outro dos destaques da novela.

Mas o maior destaque – ou aquele que, no nosso modesto modo de ver, merece maior louvor – foi Joaquim da Horta, interpretado por Carlos Santos, que desde o início esbanjou talento, ao viver um homem bronco e rude, crente que a ele “ninguém lhe punha a pata em cima”.

Inesperadamente – face ao início da novela, que lhe parecia ter dado um papel morno –, Márcia Breia, na fase final, roubou as cenas e deu grande dramatismo à sua Inácia.

Merece ainda um apontamento a beata e intriguista Cacilda (Lurdes Lima), um papel que, apesar de secundário, igualmente fica como lembrança boa de Roseira Brava.

Apesar de a ação se localizar no Alentejo, optou-se por não colocar as personagens a falar com a pronúncia local. A única exceção foi precisamente Cacilda, que falava com um sotaque marcadamente alentejano.

Roseira Brava marcou o regresso de Nuno Homem de Sá aos nossos ecrãs, após um longo interregno. A sua última novela fora Origens, em 1983, após a qual decidiu mudar-se para os Estados Unidos a fim de se dedicar aos estudos. Cursou Arte Dramática, Biologia Marinha, Música, Informática e Realização.

No regresso à sua atividade como ator, em Portugal, pôde percecionar a grande evolução que existira neste intervalo: “Hoje, vejo uma máquina em funcionamento muito maior, vejo as coisas mais organizadas, equipamentos de melhor qualidade, e reconheço que, enquanto estive fora, os atores evoluíram bastante. É notória uma grande evolução nas novelas portuguesas”.

Nuno Homem de Sá com Sylvie Rocha e o realizador Jorge Paixão da Costa

Na semana que antecedeu a estreia, Ricardo Carriço levantou a “pontinha do véu” da telenovela, num making of em formato de série: em cinco minutos diários, mostraram-se cenas de gravações (interiores e exteriores), bastidores, entrevistas com autores e atores, cenários, cenas de efeitos especiais e ainda o teledisco do tema do genérico.

Tozé Martinho em entrevista a Ricardo Carriço

Procurou-se, de forma comedida, incutir alguma ousadia às cenas amorosas, com sequências de nudez das atrizes Manuela Santos, Elsa Valentim e Sílvia Rizzo.

O elenco fixo contava com dois jovens atores revelados no Pátio da Fama, concurso “caça-talentos” exibido em 1994: Márcio Ferreira, no papel de Miguel, e Leonardo Varella-Cid, como Nelo da Horta.

Outros quatro participantes do concurso surgiram em participações episódicas: Lurdes Santos, como empregada da família Vilhena, no início da trama; Elisabete Almeida, como a camponesa que vende a Quinta do Mocho a Matilde; Fernando Parreiras, como um trabalhador rural; e Natacha Marchã, como uma colega de faculdade de Marta.

As gravações em Brinches contaram com um forte apoio da população local, como se pode verificar nesta peça, exibida no Telejornal no dia da estreia.

As cenas da Herdade da Roseira Brava foram gravadas no Monte de Cabeço de Azinho.

Por sua vez, a propriedade da família Falcão era a Herdade do Topo.

Porém, a maior curiosidade no que toca a locações diz respeito ao Edifício Heron Castilho, onde se localizava a sede da Navarro S.A., em Lisboa. Esse edifício, situado na Rua Braancamp, é nada mais, nada menos que o imóvel onde residiu José Sócrates e cuja venda foi envolta em grande polémica.

Na noite da estreia, toda a equipa se reuniu nos estúdios da NBP, para assistirem juntos ao primeiro episódio. No final do Telejornal, José Rodrigues dos Santos anunciou a estreia de Roseira Brava. No entanto, após o bloco noticioso, o Canal 1 transmitiu a telenovela brasileira A Idade da Loba, o que causou alguma perplexidade entre os presentes. Roseira Brava apenas seria vista às 22 horas. Nessa mesma noite, a SIC estreou a novela Explode Coração, o que leva a crer que a mudança de horário terá sido uma estratégia de programação da RTP.

O elenco reunido para a estreia

Roseira Brava foi a primeira de uma série de telenovelas que contaram com uma banda sonora composta por canções originais de Paco Bandeira.

Foi lançado um CD com quase todos os temas tocados na novela. Ficou de fora a música Menina Estás à Janela, tema de Zé Carlos (Nuno Homem de Sá) e Margarida (Sylvie Rocha).

GENÉRICO (instrumental)
MORRER POR TI SERÁ NASCER – Paco Bandeira
TIA ORTENSE – Samuel
FADO DO ALENTEJO – Manuel de Almeida
MATILDE – Paco Bandeira
À BEIRA DO ABISMO – Margarida Bessa
ROSEIRA BRAVA – Samuel
TEMA DE AMÉLIA – Luísa Basto
ROSEIRA BRAVA – Margarida Bessa
AQUILO QUE TU ÉS PARA MIM – Cristina Almeida
MENSAGEM – Raquel Silva
NASCI NO CAMPO – Nuno Cabrita
BALADA DO ALENTEJO – Carla Pires
VOU-ME EMBORA, VOU PARTIR – Paco Bandeira e Samuel
ROSEIRA BRAVA – Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra

Numa iniciativa única em Portugal, foi também editado um segundo CD, que trazia os mesmos temas em versão instrumental.

MORRER POR TI SERÁ NASCER
ORTENSE
À BEIRA DO ABISMO
MATILDE
ROSEIRA BRAVA
TEMA DE AMÉLIA
AQUILO QUE TU ÉS PARA MIM
NASCI NO CAMPO
MENSAGEM
BALADA DO ALENTEJO
GENÉRICO

A novela encontra-se disponível para visualização no portal RTP Arquivos.

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Roseira Brava