1. (11/02/1990)
No salão do solar decorre a festa de apresentação à sociedade de Quincas, o filho dos barões do Bairro Alto. Entre os convidados estão a falange de apoio da Baronesa, liderada por Pantera Delicada, sua antiga colega nas lides fadistas e amiga de sempre. A claque do Barão é formada por gente de outro estrato social, mas igualmente apaixonada pelo fado e que o castiço Milorde Rufião comanda. Dos convidados mais jovens destaca-se a presença de Maria Severa – protegida da Baronesa – e de Lencastre Cantadeira – da simpatia do Barão – que não escondem quanto se detestam; ambas gostam do Quincas…
2. (17/02/1990)
No dia seguinte à festa do Quincas, vão aparecendo convidados que, sem que alguém tenha dado por isso, ficaram de noite no solar a divertir-se. Quincas aparece com o fato roto e a cara arranhada: Maria Severa e a Lencastre Cantadeira brigaram por sua causa e ele meteu-se no meio para proclamar a paz entre as duas. Todos se surpreendem com o aparecimento do fadista João Braza, que veio de Évora para assistir à festa e é apresentado pelo Barão, que tem um jeito peculiar de dizer disparates com um ar solene e convencido.
3. (24/02/1990)
Rosa Maria, a criada, é perseguida primeiro pelo mordomo e depois por Quincas, que não perde a oportunidade de se candidatar aos favores da rapariga. Mas esta não se mostra inclinada a ceder a qualquer um deles. O Barão Pinto, acompanhado pelo seu inseparável amigo Milorde Rufião, prepara-se para dar a mão do filho a Lencastre Cantadeira, uma rapariga de estirpe, enquanto a Baronesa prepara tudo para casar o seu Quincas com a Maria Severa, rapariga do povo como ela já foi. Esta situação gera um “duelo” muito especial…
4. (03/03/1990)
No salão do solar há grande azáfama devido aos preparativos para o duelo. Pantera Delicada, sempre brejeira, dá uma ajuda ao mordomo para que o seu namoro com Rosa Maria resulte. Os jornais, cada um à sua maneira, só falam do duelo. A Baronesa está cansada de dar entrevistas a todas as emissoras de rádio. O Barão, mais subtil, tenta uma reportagem na televisão. Lisboa inteira não fala de outra coisa…
5. (10/03/1990)
O salão do solar assemelha-se, agora, a um retiro de fados. Os amigos do Barão lamentam, mas vão comendo e bebendo de graça, e as amigas da Baronesa sentem-se mais integradas no ambiente. Para evitar qualquer eventual mau resultado do duelo, Quincas leva um amigo – Domingos da Câmara Pereira – e as fadistas reformadas não param de se beliscar, encantadas com a sua presença. A Baronesa manda começar o duelo. A luta vai ser dura…
6. (17/03/1990)
A Baronesa sente-se feliz com o seu plano, que está a resultar em cheio. O Barão não se apercebe dos rombos que a despensa sofre por altura das festas no solar, o mesmo não acontecendo com a esperta Baronesa. Quando as duas apaixonadas se batem num “duelo” fadista, ela arranja maneira de as deixar empatadas. Anuncia, então, que vai transformar o solar numa casa típica, onde as vencedoras e o filho continuarão a cantar na presença dos amigos, que serão obrigados a pagar consumo obrigatório…