Exibição:
07/04/1986 – 28/11/1986 (RTP 1)
02/06/1986 – 10/10/1986 (RTP 2)
Número de capítulos:
164
Produção:
Rede Globo (1984/1985)
Novela de:
Carlos Lombardi
Argumento e supervisão de texto:
Sílvio de Abreu
Direção geral:
Jorge Fernando
Exibição:
07/04/1986 – 28/11/1986 (RTP 1)
02/06/1986 – 10/10/1986 (RTP 2)
Número de capítulos:
164
Produção:
Rede Globo (1984/1985)
Novela de:
Carlos Lombardi
Argumento e supervisão de texto:
Sílvio de Abreu
Direção geral:
Jorge Fernando
Antes de entrar em trabalho de parto, Silvana (Lucélia Santos) é abandonada pelo marido, Vítor (Lauro Corona). Este é filho de Oliva (Walmor Chagas), dono da CPP, fábrica de cosméticos onde é comercializado o perfume Vereda Tropical, a maior fonte de receitas da família. Porém, o Vereda é produzido pelo maior inimigo de Oliva, Jamil (Gianfrancesco Guarnieri), que mantém a fórmula em absoluto sigilo.
Oliva sempre quis que Vítor o substituísse na CPP mas, dada a sua ausência, passou a depositar todas as esperanças em Zeca (Jonas Torres), o filho de Silvana. Uma vez que não consegue ter a guarda do neto de forma pacífica, Oliva recorre a soluções mirabolantes e, sem que Silvana se aperceba, atrai-a até São Paulo para que ela vá trabalhar na CPP e seja vigiada permanentemente.
Quando descobre que Vítor morreu, a obsessão de Oliva só se faz aumentar, para desespero das suas outras filhas, Verônica (Maria Zilda) e Catarina (Marieta Severo). Verônica é uma mulher sensual, que faz dos homens o que quer, enquanto Catarina é pudica e vive exclusivamente para o trabalho. As duas disputam o poder na CPP.
Entretanto, ao chegar a São Paulo, Silvana vai morar para a Vila dos Prazeres, onde conhece o pessoal da cantina La Tavola di Michele, à frente da qual está Bina (Geórgia Gomide), uma viúva-alegre e mãe de quatro filhos. Um desses filhos é Luca (Mário Gomes), jogador de futebol tumultuoso, que se envolve amorosamente com Silvana. Porém, no seu romance com Luca, Silvana conta com a oposição de Verônica que, apaixonada pela primeira vez, não olha a meios para atingir os seus fins.
Vendo todos os seus planos saírem gorados, Oliva pede a guarda de Zeca na justiça. Jamil casa-se com Silvana, para que o tribunal se convença de que ela tem tantas condições para cuidar do filho como o próprio Oliva. Contudo, pouco tempo depois da morte de Jamil, sai o veredicto que dá a guarda de Zeca a Oliva. Silvana recorre, mas os obstáculos só se fazem aumentar: Catarina, dando-se conta de que o pai jamais lhe confiará a fábrica, interna-o num sanatório de loucos e assume a sua posição no processo pela guarda de Zeca. Por seu turno, Verônica chantageia Luca, alegando que apenas irá depor contra Oliva se ele se casar com ela.
No dia do casamento, para surpresa de todos os convidados, Luca nega aceitar casar com Verônica, diante do altar. Mas a surpresa maior surge quando sai a decisão final sobre a guarda de Zeca, que dá razão a Catarina. Ao saber que Zeca será enviado para a Suíça, Luca propõe a Silvana que fujam os três para longe. Todavia, o plano é descoberto e Catarina coloca a polícia atrás de Silvana.
Após uma perseguição e um despiste, Catarina acaba por ser desmascarada por Oliva. Este, completamente falido desde que deixou de comercializar o Vereda, abdica da guarda de Zeca e vai viver com Bina, por quem se encontra muito apaixonado. Enquanto isso, Catarina muda radicalmente de atitude e torna-se prostituta. Verônica descobre a falta de sentido do modo de vida que sempre levou e entra para um convento. Por fim, com a ajuda de Zeca, Luca e Silvana finalmente se entendem…
Anunciada para estrear à hora do almoço, no dia 07/04/1986, Vereda Tropical era a novela que traria de volta a equipa da Guerra dos Sexos. Este slogan também foi utilizado para o lançamento de Sassaricando, três anos depois.
Logo após a estreia, Vereda Tropical tornou-se um grande sucesso, havendo muitos telespectadores insatisfeitos com o horário em que era exibida a telenovela. Por isso, a partir de 2 de junho, para além do capítulo diário que ia ao ar às 12:30 na RTP 1, Vereda Tropical começou a ser exibida, desde o início, também às 22:30, na RTP 2. Todavia, a esta hora, eram exibidos dois capítulos por dia, de maneira que, se até final de julho o horário noturno mostrava os capítulos que já tinham sido vistos, a partir daí, passaram a ser vistos na RTP 2 os capítulos inéditos, enquanto que à hora do almoço prosseguia a exibição com um capítulo por dia.
Este foi o período de maior êxito da telenovela: de segunda a sexta-feira, a RTP dedicava cerca de duas horas e quinze minutos à exibição de Vereda Tropical.
O humor foi o prato forte desta telenovela, recordada como um dos maiores êxitos do género. No dia 10 de outubro, dia em que foi ao ar, na RTP 2, o último capítulo, Vereda Tropical foi notícia no Telejornal, que mostrou várias imagens do desfecho que nenhum telespectador poderia perder.
Entretanto, a telenovela continuou a ser exibida diariamente à hora do almoço, até novembro. A partir de 13 de outubro porém, passou a ser transmitida um quarto de hora mais cedo, às 12:15. O Jornal da Tarde, por seu turno, passou para as 13 horas em ponto, horário em que se manteve até hoje.
Com a entrada do mapa tipo de outubro de 1986, Alice Cruz anunciou as novidades para o ano seguinte no seu programa Sete Folhas, onde garantiu que as telenovelas que íamos ver no ano seguinte seriam muito boas, “melhores mesmo que a Vereda Tropical“. Referia-se concretamente a Cambalacho, Os Imigrantes e Roque Santeiro, que estrearam ao longo de 1987. A verdade é que Vereda Tropical já deixava saudades muito pouco tempo depois de ter chegado ao fim.
A TV Guia publicou uma entrevista com Cristina Pereira, a intérprete de Gabi, mas o seu nome apareceu como Cristina Ferreira.
Durante a transmissão da telenovela, foi lançado em Portugal um LP intitulado Corpo Tropical, composto por temas das telenovelas Corpo a Corpo e Vereda Tropical.
Existe também uma coleção de calendários com fotografias de vários dos atores desta telenovela.
Também era corrente depararmo-nos com vendedores de roupa que, na sua mercadoria, ostentavam t-shirts com o logotipo de Vereda Tropical.
O núcleo da cantina da dona Bina tornou-se bastante popular e mereceu uma rábula num espetáculo de revista. O papel que era de Geórgia Gomide ficou a cargo de Francisco Nicholson.
Vários são os estabelecimentos com o nome Vereda Tropical que abriram ao público por esta altura. Em Coimbra existe um Restaurante Vereda Tropical, na Rua Alexandre Herculano. Já em Ovar, podemos ver a Sapataria Vereda Tropical, na Praça da República. Por outro lado, em Cucujães (Oliveira de Azeméis) houve durante algum tempo o Vereda Tropical Minimercado, que fechou há mais de dez anos.
Vereda Tropical veio a ser reexibida de segunda a sábado, no Canal GNT da TV Cabo, de setembro de 2000 a janeiro de 2001, às 14 horas, numa versão para exportação com 115 capítulos de 50 minutos. Por lapso, o capítulo 41 não foi exibido.