Eduardo Silva de Andrade (Eládio Clímaco) é um engenheiro que venceu na vida e sempre esteve ligado à sua faceta mais material.
Durante um passeio pela margem sul, o (também) empresário e a sua namorada, Maria Adelaide (Lídia Franco), tomam contacto, por obra do acaso, com a sede de um Clube de Poetas. Eduardo quer, por força, ser admitido como sócio. Porém, Luísa (Maria Amélia Matta), a secretária, explica-lhe que, para pertencer ao clube, é necessário já ter escrito um livro de poesia, livro esse que terá de passar pelo crivo do exigente Conselho do Clube.
Eduardo toma, pela primeira vez, consciência de que a sua posição e o seu dinheiro não são tudo na vida e que, para ser poeta, é preciso bastante mais que um curso de engenharia. Decide então desafiar-se a si próprio e escrever o tal livro de poemas. Pede ajuda ao primo Rui (Carlos Veríssimo), que já editou, ele próprio, um pequeno livro. Rui deixa nas mãos de Eduardo vários livros de poesia moderna, bem como alguns apontamentos sobre o tema.
Obstinado, Eduardo tira quinze dias de férias para se dedicar à escrita, começando a descurar a sua relação com Maria Adelaide. Esta imersão no mundo da poesia leva-o a descobrir um outro Eduardo, rendido à sensibilidade e à beleza, que até então desconhecia existir.
O primeiro livro é reprovado pelo Conselho, mas, com o apoio de Luísa – com quem desenvolveu fortes laços de afetividade –, Eduardo não desiste e faz uma segunda tentativa…